A última ofensiva
dessa autêntica "quadrilha" se deu por causa do julgamento dos réus da
Ação Penal 470, o famigerado mensalão. Os ministros do Supremo Tribunal
Federal foram duros com os principais mentores do esquema. Apesar de as
penas, sob a ótica da opinião pública, terem sido brandas demais, aos
olhos dos condenados, ao contrário, elas se revestiram de uma rudeza
insuportável. Nos casos específicos de José Dirceu e de José Genoino -
que deverão passar um bom período no calabouço -, as sentenças soaram
como um provocação. Afinal, que legitimidade têm esses ministros togados
- no entender deles, claro - para ousarem condenar ao que quer que seja
dois verdadeiros heróis das causas populares, gente que pela "causa
justa" arriscou a própria vida?
Pois foi esse clima de inconformismo e animosidade que levou a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados a
aprovar a admissibilidade do projeto de teor mais golpista desde a
redemocratização do Brasil. Como é sabido, as chances de tamanha
excrescência jurídica vir a se tornar realidade são remotas. Mas fica
registrado o alarme: à menor contrariedade, eles se mostram dispostos a
"pegar em armas", novamente.
O regime democrático somente lhes convinha no início, enquanto
ainda eram fracos. Nas décadas de 1980 e 1990, eles eram os campeões da
moralidade (quem não se lembra disso?). Depois que chegaram ao poder, os
falsos pudores foram deixados de lado. Hoje o que prevalece é o MMA,
cujas regras são de fácil compreensão: entram dois no ringue e de lá só
pode sair um.
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