Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

25 abril 2009

A CASTA SENATÓRIA BRASILEIRA

Os 310 ex-senadores e seus familiares pensionistas custam pelo menos R$ 9 milhões por ano, cerca de R$ 32 mil por parlamentar aposentado. Detalhe: para se tornar um ex-senador e ter direito a usar pelo resto da vida o sistema de saúde bancado pelos cofres públicos é preciso ocupar o cargo por apenas seis meses. Antes de 1995, a mordomia era ainda maior: bastava ter ficado na suplência por apenas um dia.
Matéria publicada na edição deste sábado do jornal O Estado de S.Paulo revela que, no total, os 81 senadores da ativa e os 310 ex-senadores e seus pensionistas usufruem de um sistema privilegiado de saúde que consome cerca de R$ 17 milhões por ano.
Os parlamentares da ativa e seus familiares não têm limite de despesas com saúde: em 2008, gastaram cerca de R$ 7 milhões - R$ 80 mil por senador.No ano passado, os gastos globais do Senado com saúde para parlamentares e servidores foram de R$ 70 milhões.
O Senado não divulga, no entanto, o valor dessas despesas apenas com senadores. O diretor-geral, Alexandre Gazineo, alega que precisa de “tempo” para obter esses dados.O Estado apurou que, em 2008, o Senado gastou cerca de R$ 53 milhões com a saúde de 18 mil servidores efetivos e comissionados, entre ativos e inativos. Ao contrário dos senadores, que não descontam um tostão para ter todas as despesas de saúde pagas, os servidores em atividade e inativos têm descontados, em média, R$ 260 por mês. O custo de cada servidor ao ano é de cerca de R$ 3 mil.
Fonte: Agência Estado/Jornal Estado de Minas.

03 abril 2009

DOMANDO A MULA, DIGO O LULA

OBAMA DOMESTICA LULA! OU O POODLE DO OBAMA!

1. A preocupação do G-8, na reunião do G-20 de ontem, era como se comportaria Lula depois das declarações que fez nos EUA, no encontro com Obama, e com Gordon Brown, no Brasil. Terminar a reunião com Lula fazendo um discurso terceiromundista e emplacando nos países desenvolvidos a marca da crise, produziria manchetes e nublaria o resultado da reunião, cujo objetivo principal era reverter expectativas.
2. Obama se encarregou da tarefa. Junto a outros chefes de governo apontou para Lula, olhou para os repórteres e disse: “Esse é o cara”! Em seguida arrematou: “Lula é o político mais popular do mundo”. Lula engoliu a corda, como dizem os mineiros, e entrou na reunião exultante com os elogios.
3. Seu comportamento foi o esperado: completamente domesticado pela vaidade. No final, Lula deu uma coletiva à imprensa e disse: “Serei o primeiro presidente do Brasil a emprestar para o FMI. Não é chique emprestar ao FMI”? Estava completamente domesticado. Do ponto de vista econômico, muito mais grave que dever ao FMI é dar dinheiro ao FMI. Um repórter comentou em voz baixa a outro: “É o poodle do Obama”. Fonte: Cesar Maia

02 abril 2009

PELA REDUÇÃO DO NÚMERO DE DEPUTADOS

CÂMARA FEDERAL A PIZZARIA DO PLANALTO

Pizzaria já está armada.

Presidente do Conselho de Ética sinaliza possibilidade de pena branda para Edmar Moreira, que usou verba indenizatória para pagar sua própria empresa de segurança.

Por Izabelle Torres, para o Jornal Estado de Minas

Deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) também responde a processo no Supremo.

Brasília – Nem bem os trabalhos haviam se iniciado ontem pela manhã na Câmara, o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG) já sondava a Mesa Diretora para saber até quando poderia renunciar para não se submeter ao processo de cassação no Conselho de Ética. Entre conversas com os colegas e explicações sobre o cenário e a disposição para cassá-lo, decidiu permanecer no cargo. Não por acaso. Depois de instaurar o processo disciplinar contra o colega, o presidente do conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), já dava mostras de que pretende aplicar penas leves ao parlamentar acusado de usar a verba indenizatória para pagar serviços da própria empresa de segurança. Para justificar a benevolência, deu até uma nova interpretação para o relatório apresentado pela Corregedoria-Geral.
Araújo atribuiu ao órgão a sugestão de aplicar uma pena alternativa. “No relatório, o corregedor diz que ele pode ou ter infringido o artigo quarto ou o quinto. Um deles prevê pena de cassação. O outro, apenas suspensão de alguns direitos. Achei prudente dar opções em vez de apenas pedir a cassação ou absolvição”, interpreta Araújo.
Na verdade, o que o relatório apresentado pela Corregedoria afirma é que durante a análise da conduta de Moreira encontrou-se indícios de descumprimento de dois dos artigos do Código de Ética e Decoro, e não de um ou do outro. Um deles, o inciso II do art. 4, diz que o parlamentar que receber vantagens em benefício próprio deve ser cassado. O outro, o inciso VII do art. 5, determina que o mau uso da verba de gabinete pode resultar na suspensão das prerrogativas regimentais do parlamentar. Na prática, isso quer dizer que uma possível condenação tendo como base apenas esse artigo faria com que Moreira ficasse, por exemplo, determinado período sem participar de comissões e proibido de proferir discursos durante as sessões.
A interpretação do presidente do conselho de que a Corregedoria teria dado duas sugestões de pena — quando na verdade o que o relatório diz é que os indícios apontam para o possível descumprimento de dois crimes que preveem penalidades distintas — , José Carlos Araújo dá mostras de que o órgão que preside está disposto a encontrar brechas e justificativas para amenizar os efeitos de uma possível punição. “Vamos analisar os documentos, ouvir o deputado. De acordo com o que encontrarmos, poderemos avaliar qual dos artigos foi infringido ou se não houve irregularidades. Isso somente as investigações vão dizer”, diz.
COMISSÃO Ontem, depois de instaurar o procedimento disciplinar contra Moreira, o presidente do conselho nomeou uma subcomissão formada por três deputados, em vez de escolher diretamente um relator para o caso. Os deputados Hugo Leal (PSC-RJ), Sérgio Moraes (PTB-RS) e o Professor Ruy Paulleti (PSDB-RS) vão analisar os indícios que pesam contra o dono do castelo e escolher dentre eles um nome para ser o relator.A próxima etapa do processo é a citação de Edmar Moreira. Depois de comunicado oficialmente, o parlamentar terá cinco sessões para apresentar defesa escrita. Somente depois desse período a subcomissão vai nomear o relator. O conselho tem até 180 dias para concluir o caso.
VERBA INDENIZATÓRIA: R$ 90,6 mil em 2007 e R$ 140 mil em 2008, valores recebidos pelo deputado.