Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

26 novembro 2011

MATERIAL INEDITO: ARQUIVOS SECRETOS DA MARINHA



Uma caixinha de papelão do tamanho de um livro guardou por mais de três décadas uma valiosa coleção de segredos do regime militar implantado no Brasil em 1964. Escondidas por um militar anônimo, 2.326 páginas de documentos microfilmados daquele período foram preservadas intactas da destruição da memória ordenada pelos comandantes fardados. Os papéis copiados em minúsculos fotogramas fazem parte dos arquivos produzidos pelo Centro de Informações da Marinha (Cenimar), o serviço secreto da força naval. Ostentam as tarjas de “secretos” e “ultrassecretos”, níveis máximos para a classificação dos segredos de Estado e considerados de segurança nacional. Obtido com exclusividade por ÉPOCA, o material inédito possui grande importância histórica por manter intactos registros oficiais feitos pelos militares na época em que os fatos ocorreram. Para os brasileiros, trata-se de uma oportunidade rara de conhecer o que se passou no submundo do aparato repressivo estruturado pelas Forças Armadas depois da tomada do poder em 1964. Muitos dos mistérios desvendados pelos documentos se referem a alguns dos maiores tabus cultivados pelos envolvidos no enfrentamento entre o governo militar e as organizações de esquerda. Fonte: Revista Época on line. Leia mais aqui.

PT QUER AMORDAÇAR A IMPRENSA

Lideranças do PT participam, nesta sexta-feira, de um seminário em São Paulo, organizado para tratar da "democratização dos meios de comunicação" - termo utilizado pelos petistas para mascarar uma intenção bastante clara: controlar o que é veiculado pela imprensa no país. Em discussão, está o marco regulatório para as comunicações, projeto de lei que a legenda vem pressionando o governo a aprovar, e que traz na raiz o embrião autoritário da censura. Embora os líderes petistas se esforcem para disfarçar as feições autoritárias do projeto, os discursos no seminário deixam claro: a imprensa livre incomoda setores do PT.

Isso ficou ainda mais claro durante a fala do convidado de honra do evento, o deputado cassado José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão. Dirceu mostrou o quão difícil é separar a vontade de utilizar o marco para interferir no conteúdo publicado por jornalistas - embora o discurso oficial do partido pregue o contrário. “Os proprietários de veículos de comunicação são contra nós do PT. Fazem campanha noite e dia contra nós”, afirmou o ex-deputado e ex-ministro da Casa Civil, mostrando a que veio o partido. "Só lamento que não haja jornal de esquerda, que seja a favor do governo.”

Dirceu, que atribuiu a veiculação de notícias a respeito do mensalão - escândalo que lhe custou a chefia da Casa Civil durante o governo Lula - a uma "conspiração da mídia golpista", afirma que, na relação entre imprensa e política, tudo é uma questão de "pluralidade". E, voltando ao discurso oficial, afirmou ser contra controle de conteúdos dos veículos de comunicação e a favor da liberdade de imprensa.

O rancor dos petistas em relação à imprensa ficou claro logo na abertura do seminário, quando o presidente do PT municipal, o vereador Antonio Donato, fez um arrazoado sobre a capa dos principais jornais desta sexta-feira. Para ele, houve pouco destaque para o pedido de cassação do prefeito da cidade, Gilberto Kassab (PSD). O líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Teixeira, por sua vez, saudou na abertura de seu discursi os autores de blogs de esquerda. “Quero cumprimentar os valentes blogueiros sujos, como são eles chamados pelos inimigos. São os blogueiros sujos que nos ajudam na democratização da comunicação”, disse Teixeira.

Projeto – O governo federal trabalha na elaboração de um projeto para regulação das comunicações. O documento toma como base o anteprojeto de autoria do ex-ministro das Comunicações Franklin Martins – que será um dos palestrantes do evento desta sexta. A presidente Dilma Rousseff já ordenou, no entanto, ao atual ministro da pasta, Paulo Bernardo, que faça alterações no texto. E Dilma posicionou-se contra o controle dos conteúdos veiculados pela imprensa. Além de repudiar a ideia por princípio, a presidente teme que a proposta mine o apoio conquistado na classe média. Nas suas várias declarações sobre o tema, Dilma disse que o único controle de mídia que ela leva em consideração é o controle remoto, para mudar de programa na TV. "Não conheço outro tipo", repete sempre que alguém fala do assunto.

De acordo com Paulo Teixeira, a minuta deve ser apresentada pelo governo para consulta pública ainda este ano e chegar ao Congresso Nacional no primeiro semestre de 2012. “É vontade da presidente debater a proposta”, disse o líder do PT na Câmara. “Não há recuo do governo no debate deste tema.” O ministro Paulo Bernardo foi convidado para o evento, mas não compareceu por ter compromissos oficiais no Rio de Janeiro.

Os líderes petistas esforçaram-se para negar que exerçam pressão para que o governo defina o marco regulatório para o setor. “Estamos abrindo o debate sobre o tema”, disse o presidente do PT estadual de São Paulo, Edinho Silva. “Não temos pressa nem prazo para terminar a discussão. O partido tem um tempo e o governo tem outro.”

Entre os pontos defendidos pelos petistas para a regulação estão o fim do monopólio dos meios de comunicação, a popularização da banda larga e mudanças no processo de concessão do direito de resposta. “De nada adianta um direito de resposta três anos depois de a notícia ser publicada”, diz Edinho. “A Justiça deveria conceder esse direito na mesma velocidade da Justiça Eleitoral em época de campanha, em poucos dias.” José Dirceu foi mais longe: “Deveria ser assim: se a Justiça não julgar o pedido de direito de resposta em 30 dias, ele fica automaticamente aprovado.” Fonte: Veja on line

23 novembro 2011

O BRASIL É MARANHÃO ? STF SUBORDINADO AO SENADO ?


PMDB pressiona Supremo a dar posse a Jader Barbalho

Executiva se solidariza com ex-senador e critica tratamento diferenciado

Por Maria Lima, para O Globo

A pedido do ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), a Executiva Nacional do PMDB se reuniu nesta quarta-feira para dar uma manifestação de força e exigir que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida a favor de sua posse no Senado Federal.

Sob o comando do presidente do Senado José Sarney (AP) , do presidente do partido, Valdir Raup (RO) e outras lideranças do partido, a reunião se deu num clima de revolta com o que chamam de tratamento diferenciado , "dois pesos e duas medidas", que o STF estaria dando ao caso de Jader, já que outros parlamentares enquadrados na Lei da Ficha Limpa já foram empossados.

Durante a discussão, os peemedebistas acusaram o Supremo de estar orquestrando uma operação política para reduzir o tamanho do PMDB no Senado, e dar a vaga de Jader ao petista Paulo Rocha.

- O episódio está se transformando num caso de natureza política. O próprio Supremo já decidiu que a lei da Ficha Limpa não pode ser aplicada a eleição de 2010. Todos já foram liberados, só o meu caso não? Posso ser punido por uma lei inexistente? Se meu direito não for assegurado como o de Cássio Cunha Lima e outros, vem para o meu lugar o Paulo Rocha, alguém que não foi eleito. Isso é um absurdo que clama aos céus! O que é isso? O caso Jader Barbalho? Uma lei especial para mim? - protestou Jader ao final da reunião.

Durante a reunião, o discurso mais inflamado foi do ex-senador Wellington Salgado, que integra a Executiva do PMDB.

- Qual é o grande jogo? Acabar com o PMDB. O Supremo tirou dois senadores do PMDB ( Wilson Santiago e Gilvan Borges) e impede dois dos nossos de assumir (Jader e Marcelo Miranda). Não querem o PMDB grande no Senado. É uma coisa orquestrada. O Supremo está agindo politicamente para dar a vaga ao PT - discursou Salgado.

Sarney , que essa semana terá que dar posse a seu adversário político João Alberto Capiberibe (PSB-AP), barrado até agora pele lei da Ficha Limpa mas diplomado semana passada, se solidarizou com Jader e questionou:

- Se a Lei da Ficha Limpa não entrou em vigor para os outros, porque só no seu caso vale? - argumentou Sarney, segundo relato dos presentes.

06 novembro 2011

A CPMF PODE E DEVE SER COBRADA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DOS BANCOS ALTAMENTE LUCRATIVOS

O capital está acuado


“O concreto é concreto porque é a síntese de múltiplas determinações, portanto unidade da diversidade” (Karl Marx – Grundrisse)

Por Ari de Oliveira Zenha, para o Boletim Controversia.

O capitalismo encontra-se em um impasse gigantesco diante da crise profunda, estrutural, que vive desde a eclosão em 2008. É a maior e mais aguda crise desde a de 1929, que acabou desembocando na segunda guerra mundial. Hoje, uma saída deste teor levaria à destruição do planeta.

Não devemos menosprezar a capacidade do capital de “superar” – a um custo elevadíssimo para a população mundial – os prováveis “transformismos” que o capitalismo como sistema hegemônico tem realizado há pelo menos dois séculos, impondo ao mundo sua dominação, sua influência e seu controle opressor soberano sobre o planeta.

Estão surgindo em praticamente todo o mundo movimentos populares que atuam no sentido – de questionar o próprio sistema capitalista em sua totalidade. A ocupação de Wall Street, centro nevrálgico financeiro do mundo e do capital hegemônico mundial – os Estados Unidos da América – com cartazes e palavras de ordem que colocam em xeque o capital com toda a sua superestrutura e estrutura de dominação, exploração e reprodução política- econômico- social. A Europa convulsionada.

No Oriente Médio também está sob fogo cerrado o domínio do capital. Querem democracia, querem direitos fundamentais, querem participação, querem liberdade, querem justiça social. Ditaduras com décadas de dominação estão caindo ou seus detentores estão entregando os anéis para se salvar da avalanche popular. Enfim o céu não é de brigadeiro para o capitalismo, mas sim um imenso nevoeiro que paira sobre seu domínio há bem pouco tempo inimaginável, há uma hemorragia, um esgotamento que atinge as vísceras do capital.

Os organismos internacionais, como o FMI, estão sendo questionados, e, indo mais além, o próprio sistema está sendo discutido, posto em dúvida sua validade como sistema produtivo-social-político. Não devemos esquecer que no capitalismo as contradições e suas repercussões no mundo se dão de forma desigual, porém combinada, ou seja, todos pagarão, uns mais, outros menos, mas todos hão de pagar a conta da degradação e da barbárie que o capitalismo se apresenta neste início de século que promete ser o século das grandes transformações sociais, das grandes transformações de caráter estruturais e porque não revolucionárias!

O momento atual nos impele a ousar, esta é a palavra ou expressão mais válida para o momento histórico que vivemos. Ousar, ir além dos limites impostos pela dominação do capital, pressionar, romper os limites da exploração do capital e trazer o ser humano para o seu devido lugar, no seio, no âmago da existência digna em que o homem possa se tornar dono do seu próprio destino, destruindo qualquer tipo de opressão e exploração, onde ele se torna senhor de sua própria existência, o verdadeiro reino da liberdade, da confraternização internacional dos povos, da conformidade em ser para si, estabelecendo no mundo uma sociedade harmônica, humana e fraterna.

…Fonte...

Ari de Oliveira Zenha é economista.

04 novembro 2011

Faxina ética em política se faz votando pela renovação, nunca para reeleição. Seu voto é seu grito de protesto. Chega ! Reage Brasil !

Por Eduardo Bresciani, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O projeto que anistia os deputados cassados pela Câmara no escândalo do mensalão, descoberto em 2005, foi incluído na pauta da reunião da próxima quarta-feira da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a principal comissão da Casa. O presidente do colegiado e responsável por definir a pauta é o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus no processo sobre o tema que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

A proposta polêmica é de autoria do ex-deputado Ernandes Amorim (PTB-RO) e beneficiaria José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Corrêa (PP-SP) - os três foram cassados e também são réus no processo do STF. Se aprovada a anistia, eles poderiam disputar a eleição. A cassação os privou dos direitos políticos por oito anos.

Amorim argumenta na justificativa do projeto que a Câmara absolveu a maioria dos deputados citados no esquema o que, na visão dele, tornaria injusta a manutenção da punição somente aos três cassados. Continua...

01 novembro 2011

INFILTRAÇÃO OU APARELHAMENTO MILITAR

Ministro da Defesa terá que explicar manual do Exército com políticas de infiltração

Ministro deve esclarecer denúncias de que o Exército teria uma manual com orientações aos agentes de inteligência sobre como se infiltrar em organizações civis

Agência Câmara

Publicação: 01/11/2011 19:37 Atualização: 01/11/2011 19:49

As comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Direitos Humanos e Minorias ouvirão o ministro da Defesa, Celso Amorim, sobre a elaboração do “Manual de Campanha - Contra-Inteligência”, do Exército. A audiência está marcada para o próximo dia 9, às 10 horas, no Plenário 3 da Câmara.

Os deputados Ivan Valente (Psol-SP) e Chico Alencar (Psol-RJ), que solicitaram o debate, afirmam que o documento fere a ordem democrática. O manual, divulgado em reportagem da revista Carta Capital, orienta uma política de infiltração de agentes de inteligência militar em organizações civis, principalmente movimentos sociais e sindicatos.

Alencar afirma que o documento causa perplexidade. “O manual propõe ações como se ainda estivéssemos na época da ditadura, algo inaceitável. Trata-se de uma ideologia retrógrada”, afirmou.

Na opinião de Ivan Valente, o manual do Exército oficializa a espionagem à margem da Constituição. “Acredito que o ministro tem interesse em esclarecer este documento, já que ele próprio quer saber se existem manuais semelhantes na Marinha e na Aeronáutica”, disse.

Valente também encaminhou ao Ministério da Defesa um pedido de informações, com várias questões sobre o conteúdo e a utilização do manual. O ministério tem 30 dias para respondê-lo.