Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

20 março 2016

O PROBLEMA MAIOR DO MOMENTO É DILMA.

Interlocutores do Palácio do Planalto já admitem nos bastidores que não há mais nada a ser feito para blindar o ex-presidente Lula na Lava Jato. O juiz Sérgio Moro já retomou as investigações contra o ex-presidente. Porém agora com mais munição ainda, após a celebração do acordo de delação premiada do ex-deputado do PP, Pedro Corrêa e a segunda parte da delação que o ex-líder do governo no senado, Delcídio Amaral deve fazer nos próximos 30 dias.
"Esse negócio do Lula fugir, fugir e fugir de depoimentos, de atacar o pessoal da Lava Jato (juiz Moro) e depois tentar buscar abrigo no governo piorou muito a situação dele", reconhece um deputado que se desligou recentemente do governo.
A maior preocupação do governo no momento é com relação ao impeachment da presidente Dilma. Fontes do Planalto relatam o pânico da presidente nos bastidores diante da dificuldade em assegurar o número mínimo de votos para conter o avanço inexorável do processo na Câmara dos Deputados.
O receio é o de que ao perder o mandato, Dilma se torne alvo imediato da Operação Lava Jato. Informações dão conta de que já há um vasto material implicando diretamente a presidente nos desvios da Petrobras. Uma outra fonte de grande dor de cabeça para Dilma tem sido o acordo de delação de Mônica Moura, a esposa do marqueteiro de Dilma, João Santana. "Bastam duas palavras dela para selar o destino da presidente: "ela sabia", diz um assessor.
Assessores reconhecem que a situação é dramática para a presidente, que não cogita renunciar por uma razão bastante óbvia: ela tem receio de ser presa imediatamente após uma eventual renúncia. Os aliados do governo já não conseguem mais manter o "otimismo" de alguns meses atrás. A situação de Dilma piorou muito após o vazamento de sua manobra para blindar Lula. Os comentários são de que ela teria sofrido chantagem para comprar a briga do ex-presidente. "Ela não queria ele no governo".
Nos bastidores, aliados já confirmaram a dificuldade em propor acordos com parlamentares. "Ninguém quer negociar com um governo que está com os dias contados. Tem gente que não está nem atendendo telefonemas do Lula", confidenciou um dos parlamentares da base de apoio de Dilma. " Tem muita gente aqui preocupado em salvar a própria pele e não são apenas os políticos"
Se a situação da presidente já é complicada, muitos já jogaram a toalha com relação à situação do ex-presidente Lula. "O negócio agora é ele espernear para dizer que caiu atirando. O Lula sabe que não há nada mais que possa ser feito por ele (da parte do governo), a não ser um golpe institucional", avalia um dos interlocutores do governo.
"isso está totalmente fora de cogitação, tendo em vista o clamor das ruas e o humor do STF, dos militares e da própria PF, que ganhou muita musculatura perante a opinião pública com esse negócio da Lava Jato. O negócio vai ser tentar colocar o Lula no papel de vítima, de preso político, essas coisas, por que nem a militância a gente vai conseguir mobilizar. Essa confiança do governo a gente só vê na televisão. Aqui o mundo parece ser outro. É um corre corre danado. Os políticos quando descem a rampa aqui parecem ter saído de um velório. Tem gente falando sozinho. O pessoal que ocupa cargos indicados aqui já está se preparando para o pior. Só para uma meia dúzia é que ainda não caiu a ficha" confessa um assessor do Planalto, que se diz desiludido com a política e afirma que vai cuidar dos negócios de sua família no ramo de veículos, ao final deste processo todo.
"Mas o problema maior no momento é a Dilma. O pessoal tenta negociar uma alternativa para ela, mas ainda não chegaram à nenhuma conclusão ou acordo sobre o que fazer, caso as coisas piorem muito. Ela também está com medo, mas é uma pessoa difícil de lidar e acho que a única coisa que está preservando a sanidade dela é o hábito de pedalar de manhã. A prisão dela vai ser algo muito chato e é o que todos mais temem no momento. Pelo menos no governo". Fonte: Manchete.com.br

03 março 2016

O HOMEM BOMBA QUE IMPLODIU O GOVERNO E O PTISMO.


Veja, abaixo, os supostos relatos do senador, que foi preso em novembro passado acusado, veja só, de atrapalhar o andamento das investigações da Lava Jato. 
1. Dilma teria interferido na Operação Lava Jato
De acordo com os documentos obtidos pela revista, a presidente e o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teriam tentado interferir em três ocasiões na Lava Jato.
Na manobra, Dilma teria nomeado o ministro Marcelo Navarro ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para impedir a prisão de empreiteiros denunciados na operação. A pedido da presidente, o acordo para livrar os envolvidos teria sido firmado entre Delcídio e Navarro durante uma reunião no Palácio do Planalto.
2. Dilma teria conhecimento dos desvios de recursos de Pasadena
Em 2006, ainda como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma teria conhecimento que, por trás da compra da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos, havia um esquema de desvio superfaturado de 792 milhões de dólares.
A presidente alega que desconhecia as cláusulas que desfavoreciam a estatal.  “Delcídio esclarece que a aquisição de Pasadena foi feita com o conhecimento de todos. Sem exceção”, diz o trecho da delação publicado pela revista.
3. Cerveró na Petrobras teria sido indicação da presidente
De acordo com Delcídio, Dilma teria participado diretamente da nomeação de Nestor Cerveró para o cargo de Diretor Financeiro da BR Distribuidora, subsidiária da estatal.
Antes de ser indicado para a diretoria da BR, Cerveró atuava como diretor internacional da Petrobras, mas perdeu o cargo em 2008. Para mantê-lo em um posto estratégico da estatal, Dilma teria realizado essa manobra.
4. Campanha de Dilma em 2010 teria recebido recursos em caixa dois
O senador diz que a campanha eleitoral da presidente em 2010 foi “uma das maiores operações de caixa 2”, diz a publicação.
Segundo ele, o empresário Adir Assad, preso por fraude, desvio de dinheiro e corrupção na Petrobras, foi o responsável pelo esquema.
O tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) teria firmado contratos com as empresas do empresário que repassava os recursos para a campanha da presidente.
A ação, descoberta posteriormente na CPI dos Bingos, teria sido maquiada pelo governo com ajuda de sua base de apoio no Congresso, diz a revista.
5. Lula teria conhecimento de tudo e teria interferido na Lava Jato
O ex-presidente, segundo depoimento na delação obtida pelo veículo, sabia de todo o esquema de corrupção instalado na Petrobras. E para controlar as investigações, teria pagado mesadas para calar as testemunhas.
Delcídio diz que ele fez pagamentos em dinheiro para o ex-diretor da Petrobras  Nestor Cerveró com o intuito de que ele não delatasse o seu amigo e pecuarista José Carlos Bumlai – envolvido no esquema superfaturado da compra de sondas feita pela Petrobras.
“Lula pediu expressamente a Delcídio do Amaral para ajudar o Bumlai porque supostamente ele estaria implicado nas delações de Fernando Soares e Nestor Cerveró”, diz o texto publicado pela IstoÉ.
6. Marcos Valério teria recebido um “cala a boca” de Lula 
Em 2006, com ajuda do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, Antonio Palocci, Lula teria pago 220 milhões de reais para que Marcos Valério ficasse quieto sobre o processo do mensalão.
7. Suborno para não entrar na mira da CPI da Petrobras
De acordo com Delcídio, os senadores Gim Argello (PTB) e Vital do Rego (PMDB) e os deputados Marco Maia (PT) e Fernando Francischini (SD) exigiam pagamentos aos empreiteiros para que não fossem convocados na CPI da Petrobras, que investigava o esquema de corrupção na estatal.
O outro lado
"O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, seja nos fatos investigados pela operação Lava Jato, ou em qualquer outro, antes, durante ou depois de seu governo", afirmou o Instituto Lula em nota.
O ministro José Eduardo Cardozo negou a acusação de Delcídio publicada pela revista. “O senador Delcídio, lamentavelmente, depois de todos os episódios não tem credibilidade para fazer nenhuma afirmação”, diz.