“O Brasil se cansou de ataques
infundados.”
Por Fernando Henrique Cardoso.
Tem sido assim há anos, desde
quando estourou o escândalo do mensalão. Aliás, em nenhum momento Lula explicou
de forma detalhada os acontecimentos que levaram ao maior escândalo de
corrupção da história republicana, caracterizando-o, na época, como um simples
problema de caixa 2, ocorrido às suas costas. Noutro dia, no exterior, chegou
até a dizer que os principais envolvidos nem eram pessoas de sua confiança.
Omitiu-se por completo.
Para se defender, Lula ataca. Jamais se explica, sempre acusa. Acostumado a atirar pedras, Lula é incapaz da autocrítica. Quando deveria, de forma rigorosa, abominar a prática da corrupção, ele tenta distrair a opinião pública jogando culpa nos outros. Ora, a grandeza de um líder está em assumir a responsabilidade, por si e por sua equipe, dos possíveis erros cometidos, buscando corrigi-los e superá-los, não em levantar suspeitas sobre outrem com o claro objetivo de se esquivar de seus compromissos éticos e políticos.
Para se defender, Lula ataca. Jamais se explica, sempre acusa. Acostumado a atirar pedras, Lula é incapaz da autocrítica. Quando deveria, de forma rigorosa, abominar a prática da corrupção, ele tenta distrair a opinião pública jogando culpa nos outros. Ora, a grandeza de um líder está em assumir a responsabilidade, por si e por sua equipe, dos possíveis erros cometidos, buscando corrigi-los e superá-los, não em levantar suspeitas sobre outrem com o claro objetivo de se esquivar de seus compromissos éticos e políticos.
Ainda recentemente, quando em
viagem para Johanesburgo, ao conversarmos sobre o mensalão, disse-lhe que
deveria virar esta página, já julgada pela Suprema Corte. Mas não, Lula insiste
em continuar distorcendo fatos para dizer que todos fizeram algo parecido. Eu
não caio nessa cilada.
Aproveito para renovar a proposta
que lhe fiz naquela ocasião: por que não nos juntamos para corrigir o que de
malfeito há na vida política brasileira, em vez de jogar pedras uns nos outros?
O Brasil se cansou de ataques infundados. “O país percebe que seu futuro
depende de decisões honestas e corajosas, entre as quais a de evitar que o
debate eleitoral se restrinja a baixarias e falsas acusações.”