Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

30 abril 2010

30/04/2010 – 12:53 7 comentários

MENTIRA



“O salário mínimo, graças a um aumento real de 74% ao longo do governo, é o mais alto dos últimos 40 anos.”(Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cadeia nacional de televisão, 29/04/10.)

A VERDADE


Lula exagerou 26,6 pontos percentuais em seu pronunciamento pelo Dia do Trabalhador. O aumento real do salário mínimo no governo do PT, descontada a inflação, foi de 49,5%. Apenas dois pontos percentuais acima do aumento de 47,4% do governo do PSDB, que foi quem de fato começou a recuperação e valorização do salário mínimo, apesar da conjuntura internacional adversa, com a economia crescendo menos naquele período.
Fonte: Gente que Mente.

28 abril 2010

NOSSO GUIA SEM CHÃO E FUTURO INCERTO

De Elio Gaspari:
Nosso Guia precisa pisar no freio de seu desembaraço internacional. Quem viu algumas das expressões de perplexidade no plenário da reunião com chefes de Estado caribenhos, em Brasília, quando anunciou que "depois da presidência, vou continuar fazendo política", teve uma ideia do efeito que a ligeireza verbal do Grande Mestre provoca em reuniões internacionais.
Noves fora a platitude, o que desconcertou parte da audiência foi a utilização de uma reunião desse tipo para um improviso de palanque municipal.
Na política internacional sempre há lugar para personagens improváveis. Alguns, como o Mahatma Gandhi (um "faquir seminu", segundo Winston Churchill) ou Nelson Mandela, um prisioneiro sem rosto nem voz durante 27 anos, tornam-se figuras da História.
Outros, como o jovem capitão Muamar Kadafi, que destronou o rei senil da Líbia em 1969 e, quase septuagenário, ficou parecido com Cauby Peixoto, nas palavras de Lula.
A distância do improvável ao pitoresco é pequena e quase sempre benigna. Do pitoresco ao ridículo é imperceptível, porém maligna.
O operário pobre que chega à presidência de um país de 190 milhões de habitantes é uma história de sucesso em qualquer lugar do mundo.
Não se pode dizer o mesmo do monoglota que tem o seu nome oferecido para a secretaria-geral da ONU, ou do latino-americano que sai pelo Oriente Médio oferecendo uma mediação desconexa, "risivelmente ingênua", na opinião pouco protocolar atribuída à secretária de Estado Hillary Clinton.
No auge da crise financeira de 2008, Lula sugeriu que partisse da ONU "a convocação para uma resposta vigorosa às ameaças", com uma reunião dos presidentes dos Bancos Centrais e ministros da Fazenda dos 192 países-membros da organização. Do presidente do Federal Reserve Bank americano ao ministro das Finanças do reino de Tonga, Otenifi Matoto.
Pode-se entender que o Brasil tenha negócios com a Venezuela e que Nosso Guia e seu comissariado tenham afeto nostálgico por Fidel Castro.
Daí a abrir uma embaixada no campo de concentração do "Querido Líder" norte-coreano ou a receber em Brasília o cleptocrata uzbequi Islam Karimov, cuja polícia ferveu dissidentes, vai grande distância.
Toda política externa tem algo de teatral, mas o embaixador Marcos Azambuja ensina, há décadas, que "os diplomatas são produtores de blablablá, mas não são consumidores".
A maior negociação diplomática ocorrida nos quase oito anos de diplomacia-companheira foi a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio.
O chanceler Celso Amorim trabalhou pelo seu êxito, deu um drible de última hora na Índia e na China, caiu numa armadilha da delegação americana e amargou um fracasso.
Quando uma diplomacia acredita no próprio teatro, deixa de ser associada a uma política externa e é vista como uma companhia de espetáculos. Sobretudo quando essa diplomacia gira em torno de um personagem-ator.
Ainda falta algum chão para que Nosso Guia ganhe um retrato na galeria dos governantes pitorescos, como Silvio Berlusconi ou Boris Yeltsin de seus últimos anos, mas o caminho em que entrou pode levá-lo até lá.

07 abril 2010

NÃO REELEJA. LIMPE OS LEGISLADORES DE CAUSA PROPRIA.

De Márcio Falcão, da Folha Online:
Entidades do movimento de combate à corrupção criticaram nesta quarta-feira a decisão dos líderes partidários da Câmara dos Deputados de adiar para maio a votação, em plenário, do projeto que estabelece a ficha limpa para os candidatos às eleições.
Para os representantes, a resistência ao texto mostra que os parlamentares agem em interesse próprio sem levar em consideração a vontade popular.
Para o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, a mudança de postura dos líderes que sinalizaram colocar o texto em votação na noite de hoje, mas decidiram alterar a proposta na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e motivado pelo corporativismo.
"Hoje a Câmara frustrou mais de 1,5 milhão de brasileiros e mostrou que os interesses pessoais se sobrepõe ao interesse da sociedade. A Câmara perdeu a oportunidade e prestou desserviço a si própria. O projeto resgataria a boa imagem dos políticos do pais e daria uma lufada de esperança aos brasileiros", disse.
Na avaliação do secretário-geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara, os deputados precisam entender que o projeto não é contrário aos políticos. "Esse é um projeto a favor da sociedade e não contra o parlamento", disse.
Leia mais em OAB e CNBB dizem que deputados agem em causa própria ao adiar projeto da ficha limpa