Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

18 julho 2016

AUSTERIDADE SIGNIFICA GOVERNO SEM MORDOMIAS E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COM TRANSPARÊNCIA.

A Revista ISTOÉ, publicou no final de semana, mais um caso de como o dinheiro público é usado no Brasil.
A revista trouxe uma reportagem estarrecedora, em que aponta as mordomias da filha da presidente afastada, Dilma Rousseff.
Paula Rousseff e seu marido, Rafael Covoli, segundo apuraram, têm à disposição, nada menos que oito carros oficiais blindados e dezesseis funcionários para funções diversas; de seguranças armados até motoristas particulares. Que ficam 24 horas por dia por conta do clã Rousseff.
Tornaram público, que o casal faz uso das regalias, para as mais variadas atividades cotidianas; como por exemplo, levar bichinhos ao Pet Shop, levar filho para escola, ir ao cabeleireiro, fazer pilates. Tudo obviamente, custeado pelos pagadores de impostos do Brasil.
Esse tipo de mordomia constitui uma flagrante ilegalidade, conforme dispõe a legislação brasileira. O Decreto 6.403/2008, proíbe expressamente o uso de veículos oficiais por terceiros, que só podem ser usados por pessoas elencadas na lei.
Não há previsão legal ainda, para o uso de segurança armada e escolta para filhos de presidentes, salvo em situação especialíssima de risco à integridade física o que não é o caso!
Apenas no mês de julho, Paula Rousseff gastou R$ 13,8 mil em combustível para abastecer sua frota de carros oficiais. Lembrando, que Paulinha Rousseff é Procuradora do Ministério Público do Trabalho, e tem um salário acima de R$25.000 mil.
A Rousseff progenitora, ameaça processar a revista pela divulgação da informação.

01 julho 2016

SE VAMOS NIVELAR À EUROPA QUEREMOS PADRÃO EUROPEU DE APOSENTADORIA E TODOS OS DEMAIS SERVIÇOS DE SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL


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PorTonia Galleti(*)

À frente da advocacia previdenciária, tenho em meu histórico de trabalho mais de 90 mil pessoas que confiaram em mim e me deram a oportunidade de analisar suas aposentadorias e verificar que de cada 10 concessões 8 possuem erro e mais, deram-me a oportunidade única de ouvir as suas histórias e de aprender com a dura realidade dessa gente para quem trabalhar depois dos 50 anos de idade é um luxo relegado a poucos.
Torna-se necessário, portanto, conhecer dessa gente para falar do que elas precisam ou daquilo que lhes afete a vida. Além disto, poder-se-ia perguntar à senhora o quanto conhece da proteção social pensada pelo constituinte de 88 e da realidade mundial alegada pelos incautos defensores da idade mínima.
Estabelecer idade mínima semelhante aos países europeus significa também garantir esta aposentadoria mesmo que a pessoa não tenha contribuições a partir de determinada idade. Significa manter uma rede de proteção para as pessoas que não conseguindo recolocação no mercado de trabalho após completar 50 anos de idade, necessitem do Estado intervindo e custeando suas vidas.
Se vamos nos igualar, precisamos pensar de forma ampla e irrestrita e, não apenas naquilo que seja conveniente. Assim, se vamos nos nivelar à Europa, também queremos padrão europeu na saúde, na educação, na cultura, na previdência e, em tantas outras coisas que o velho continente pode agradar.
E digo-lhes mais é preciso conhecer a fundo o sistema de seguridade social para não ir falando blasfêmias ao texto constitucional e a posição daqueles que defendem os direitos sociais. Por um acaso conhece dos gargalos por onde se escoam o dinheiro público arrecadado para a seguridade social? É do conhecimento que um dos grandes vilões são os 126 bilhões de déficit das aposentadorias dos servidores públicos?
A natureza das centrais sindicais e dos sindicatos é defender os interesses dos trabalhadores, incluindo a proteção previdenciária prevista nos artigos 194 ao 204 da Constituição Federal de 88. Por esse motivo, o trabalho não se restringe nem a dizer amém nem ser apenas contra, mas, a dialogar com qualidade de argumentos que nem sempre encontram um bom ouvinte, capaz de personificar o significado de diálogo – interação entre dois ou mais indivíduos.
A lógica do capital não está pronta e nem mesmo se destina a acolher aos cidadãos em situação de necessidade. Esta tarefa cabe ao estado social e democrático de direito. É impensável punir o cidadão pela inabilidade governamental e pela desídia dos poderosos.
Todos sabemos da imperiosa tarefa de arrumar as contas públicas, mas, até mesmo os menos estudiosos sabem que não é possível mexer no alicerce sem destelhar a casa. De maneira que, há muito a ser feito antes de chegarmos na base da pirâmide, vamos a alguns exemplos:
– diminuir os salários dos altos cargos do Governo;
– diminuir a quantidade expressiva de cargos em comissão e de confiança;
– investir na fiscalização e reabilitação dos benefícios por incapacidade;
– revisitar as isenções tributárias concedidas sem critério e sem contrapartida;
– retirar as prerrogativas luxuosas do poder, etc;
Enfim, há que se cortar na carne, há que se dar o trabalho de permitir uma limpeza profunda e sem precedentes na forma do exercício do poder e da manipulação dos recursos que não pertence ao Governo, mas sim ao povo brasileiro.
Toia Galleti, Advogada, mestre em Direito Previdenciário, professora universitária e coordenadora do Departamento Jurídico do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical