Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

23 julho 2011

JOVENS TALENTOSOS MORREM AOS 27 ANOS



LONDRES - Aos 27 anos, a mesma idade que Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin e Kurt Cobain deixaram o mundo dos vivos, Amy Winehouse juntou-se ao clube dos talentos prematuramente desperdiçados. O corpo da cantora britânica foi encontrado no final da tarde deste sábado pelo serviço de ambulâncias de Londres, em sua residência, no bairro de Camden Town.

De acordo com informações iniciais da polícia de Londres, a causa da morte de Winehouse ainda não foi explicada, mas são fortes as suspeitas de uma overdose em função dos problemas da cantora com o álcool e as drogas. Nos últimos anos, ela praticamente havia sumido de cena, com raríssimas aparições públicas, em que invariavelmente mostrava apenas ser uma sombra da diva soul que encantou o mundo da música, sobretudo após o lançamento, em 2006, de seu segundo e último álbum, ''Black to Black''.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2011/07/23/morre-em-londres-aos-27-anos-cantora-amy-winehouse-924966461.asp.

20 julho 2011

EMPALAÇÃO OU RECALL ELEITORAL

Estamos em um beco sem saida. Não há uma lei que puna com pena de “Empalamento” todo agente público que desviar ou permitir o desvio de dinheiro público. É isso mesmo que estou dizendo, quem rouba ou permite que roubem os cofres públicos patrocinam a morte de centenas de milhares de brasileiros que não terão serviços de saúde, segurança pública, educação, moradia, saneamento básico e infraestrutura rodoviária.

Por todos estes malefícios esses saqueadores do erário deveriam ser “empalados”. Outra solução, menos drastica, mas muito boa, já que temos eleições de dois em dois anos, é o “recall eleitoral” que também não temos.

Eu não votei no PT, mas tinha esperança que em nome da ética que defenderam durantes tantos anos, que no minimo era um tipo de lei destas duas modalidades que proporiam. Mas não, o PT se aliou aos quadrilheiros e está refem deles, ao ponto de exigirem que para cada cabeça aliada que cair, eles querem uma do PT. A autofagia é uma solução, mas de longo prazo e exige a presença do povo nas ruas. Precisamos levar o povo para as praças, o mais urgente possível. Caso contrário, estamos num beco sem saída.

18 julho 2011

MAFIOSOS CHEFIAVAM DNIT E VALEC



Pais do diretor afastado do Dnit chefiavam organização investigada pela PF. O diretor afastado do Dnit, Luiz Antonio Pagot e o senador Blairo Maggi trazem no DNA os traços de uma amizade suspeita de ilegalidades que incluem roubo de terras, uso de jagunços e até tráfico de drogas.

Por Alana Rizzo, para o Estado de Minas.

Brasília – No início da década de 1970, o Serviço de Informação da Polícia Federal demonstrava preocupação com o avanço de um grupo criminoso no Oeste do Paraná. Mais precisamente, em São Miguel do Iguaçu, a poucos quilômetros de Foz do Iguaçu. A organização roubava terras de pequenos agricultores, comprava vereadores e tinha envolvimento com o tráfico de drogas.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Estado de Minas revelam que a relação entre o senador Blairo Maggi (PR-MT) e o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit) é de longa data. É hereditária. O grupo temido pela PF era capitaneado por André Maggi, pai do parlamentar, e pelo ex-prefeito da cidade Ferdinando Felice Pagot, pai do funcionário do Dnit que protagonizou a crise instalada nas ultimas semanas no Ministério dos Transportes.

“O grupo Maggi é formado por capitalistas que continuam fazendo reuniões secretas onde são vinculados (sic) que os mesmos já dispõem de 800 mil cruzeiros para comprar oito vereadores através do voto, pois um já é deles, João Batista de Lima, que é despachante do Detran e foi eleito anteriormente usando documentos do Detran e outras promessas”, revelam os despachos dos agentes do serviço de informação, que acompanharam de perto a rotina dos políticos e dos empresários da cidade entre 1969 e 1979. Leia mais aqui.

08 julho 2011

MODUS OPERANDI DO PT E SUA BASE ALIADA



BELO HORIZONTE - Depois de um encontro com lideranças do partido, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) elevou ainda mais o tom no discurso contra o governo federal em meio aos desdobramentos da crise nos Transportes , e avaliou o primeiro semestre do governo de Dilma Rousseff como "o mais negativo da nossa história política recente". O tucano responsabilizou o PT pelos escândalos ocorridos no governo, mesmo que envolvendo dirigentes de outros partidos, e responsabilizou o que chamou de modus operandi do Ministério dos Transportes pela falta de investimentos fundamentais na infraestrutura do país.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/07/07/aecio-diz-que-primeiro-semestre-do-governo-de-dilma-foi-mais-negativo-da-nossa-historia-politica-recente-924861413.asp

06 julho 2011

UM ESTRANHO NO NINHO DO DNIT

Funcionário "inexistente" ocupa cargo poderoso no Dnit.

Um encontro político na Câmara Municipal de Barretos (SP), em março do ano passado, parecia ser mais uma trivial solenidade, com a presença de autoridades locais e federais. Vereadores, deputados e um assessor da diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) comemoravam a assinatura da autorização para a licitação das obras do contorno ferroviário de Barretos, uma reivindicação antiga do município. Quem esteve em Barretos para assinar pelo Dnit foi o assessor de Controle Processual do órgão, Frederico Augusto de Oliveira Dias. O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) ciceroneou o assessor, que atua em Brasília num gabinete próprio, ao lado do gabinete do diretor-geral do Dnit.

O detalhe é que Frederico não é funcionário efetivo ou comissionado do Dnit nem de nenhum outro órgão da União. Não há qualquer ato oficial que o nomeie para o exercício da função, o que impede, por exemplo, a assinatura de autorizações para licitações. O assessor é, na verdade, um servidor terceirizado, colocado no órgão por influência do deputado Valdemar Costa Neto. Cabe a Frederico selecionar contratos e convênios e encaminhar processos ao diretor-geral do Dnit, a quem é diretamente ligado.

É Frederico que recebe prefeitos, vereadores e deputados que vêm a Brasília em busca de recursos para obras viárias em suas regiões, por determinação e encaminhamento de Valdemar Costa Neto. Os dois também procuram os prefeitos nas próprias cidades, como ocorreu em Barretos. Frederico e Valdemar são de Mogi das Cruzes (SP), cidade onde o assessor do Dnit se candidatou a vice-prefeito em 2004. Pouco tempo depois, Frederico mudou-se para Brasília e passou a ter influência no Dnit. “Foi o Boy que o levou para Brasília. As famílias são amigas”, diz uma pessoa próxima a Valdemar Costa Neto, conhecido como Boy em Mogi das Cruzes.

Fonte: Leia mais no Jornal Estado de Minas.

Ministério da Saúde controla mal seus gastos, diz TCU

Relator da auditoria que identificou o pagamento de R$ 14,4 milhões para tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes mortos, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Jorge, avalia que o sistema de controle do Ministério da Saúde na área de gastos é dos mais frágeis da Esplanada.

“É muito fácil encontrar irregularidades no sistema de pagamento da pasta. Basta procurar”, afirmou. Como exemplo, citou outra investigação do TCU, divulgada em 2010, que constatou a venda de remédios no programa Aqui Tem Farmácia Popular, do governo federal, para pelo menos 17 mil mortos. “Está na hora de oferecer um sistema mais seguro”, defende.


Fonte: leia mais no Jornal Estado de Minas

04 julho 2011

Oposição quer convocar Abilio Diniz para explicar envolvimento do BNDES na fusão com o Carrefour

Pró-memória, no Blog do Ancelmo.

Abílio Diniz defende a ajuda do BNDES na compra do Carrefour com o argumento de que "o setor de distribuição de alimentos é estratégico para segurar a inflação, conter os preços".

Mas, no Cruzado, em 1989, o empresário teve de depor na Polícia Federal, acusado de sabotar o plano.
BRASÍLIA e RIO - O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou que o partido vai solicitar uma audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com a presença do presidente do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, para tratar do possível empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao grupo para a união com o Carrefour.

A reunião entre o presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, está prevista para hoje às 19h na sede do banco no Rio. O executivo francês pretende explicar seu ponto de vista em relação à fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour e reforçará junto às autoridades brasileiras que acredita e confia no cumprimento da lei.

Leia mais em O Globo.

POVO MORRE NA FILA DO SUS

SUS: metade dos aparelhos para 80% da população

Por Fábio Fabrini, O Globo

Um bolo pequeno e dramaticamente repartido. É esse o retrato da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para atender 152 milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população, as unidades de saúde pública contam com apenas 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país.

O restante está exclusivamente a serviço de clientes privados ou de planos de saúde, público que corresponde a um terço da clientela do governo. O cálculo foi feito pelo GLOBO, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O país tem 704,8 mil equipamentos, classificados em seis grandes grupos pelo IBGE (de diagnóstico por imagem; de manutenção da vida; de terapia por radiação; de funcionamento por métodos gráficos e óticos; e "outros").

Desse total, 396,9 mil estão alocados em serviços próprios ou credenciados pelo poder público. É como se cada máquina tivesse de ser dividida por 382 pacientes, mais que o dobro do verificado na saúde privada (151). Do prosaico aparelho de pressão à ressonância magnética, a desproporção é imensa.
Leia mais no Blog do Noblat.

02 julho 2011

ITAMAR UM POLÍTICO COM A CARA DE MINAS







RIO, SÃO PAULO, BELO HORIZONTE e BRASÍLIA - O senador e ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG) morreu às 10h15m deste sábado, aos 81 anos, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 21 de maio, com leucemia. Na última semana, seu estado de saúde piorou - com o diagnóstico de pneumonia grave - e ele foi transferido para a UTI. Desde ontem, respirava por aparelhos e, na madrugada de hoje, sofreu um AVC e entrou em coma. As duas filhas do ex-presidente, Georgiana e Fabiana, estavam no hospital no momento da morte.

O corpo de Itamar será transferido na manhã de domingo para Juiz de Fora, para ser velado na Câmara Municipal. Seguirá depois para Belo Horizonte, onde haverá mais um velório, no Palácio da Liberdade, na segunda-feira. Por desejo do senador, o corpo será cremado em Contagem.

A presidente Dilma decretou luto oficial de sete dias. A presidente ofereceu o Palácio do Planalto para o velório, mas a família preferiu realizar a cerimônia fúnebre em Minas Gerais. O governador mineiro, Antonio Anastasia, também decretou luto oficial de sete dias.

No lugar de Itamar no Senado, deve assumir o suplente José Perrella de Oliveira Costa (PDT-MG), conhecido como Zezé Perrella. Ele foi deputado federal pelo PFL (1999-2003) e estadual pelo PDT (2006-2011). Em 2002, ele concorreu a uma vaga no Senado por Minas Gerais, mas não se elegeu.

Itamar assumiu a Presidência da República em 1992, após o impeachment de Fernando Collor, de quem era vice-presidente. O governo dele teve episódios marcantes: o Plano Real, a volta do Fusca e o plebiscito que reafirmou a escolha do presidencialismo no Brasil.


Ao pôr em prática o Plano Real, o governo derrotou a hiperinflação, que chegava a 1.100% em 1992. O pacote foi gestado por quase um ano por um grupo de economistas e executado pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, indicado por Itamar para o Ministério da Fazenda. O plano garantiu a normalização da atividade econômica e permitiu, nos anos seguintes, melhor distribuição de renda e a retomada do desenvolvimento econômico do Brasil. Essa conquista foi, até o fim da vida de Itamar, seu maior orgulho.

Para relançar o Fusca, Itamar aprovou, em 1993, a lei do carro popular. Quando o modelo voltou a ser produzido no Brasil, o país recebeu pedidos de exportação de diversos países, mas não conseguiu dar conta das encomendas. A produção do carro foi encerrada três anos depois.

Em 1999, quando era governador de Minas Gerais recém-empossado, Itamar declarou a moratória da dívida do estado com o governo federal durante 90 dias. A notícia abalou a credibilidade da economia brasileira no exterior. E puxou para baixo o índice Bovespa, que levou consigo as bolsas do México e da Argentina.

Itamar Augusto Cautiero Franco talvez seja o único mineiro que tenha nascido em alto-mar. Foi em junho de 1930, quando sua mãe viajava em um navio do Rio de Janeiro para Salvador e, por isso, foi obrigada a registrar o filho na capital baiana. No ano seguinte, o "erro" seria corrigido com o registro da certidão de batismo, que traz Juiz de Fora como cidade natal.

Na cidade mais importante da Zona da Mata mineira, Itamar viveu a infância e a juventude ao lado da maior parte da família. Era órfão de pai, que morreu antes de ele nacer. Descendente de italianos, a mãe, Itália Cautieiro, sustentava a família vendendo marmitas. Ela morreu em 1992, 20 dias antes da posse oficial do filho caçula como presidente da República do Brasil.

Itamar gostava de jogar basquete mas, no fim da adolescência, escolheu seguir a profissão do pai e formou-se em Engenharia Civil e Eletrotécnica na Universidade Federal de Juiz de Fora. No entanto, a militância estudantil no Diretório Acadêmico falou mais alto e acabou o levando para a política. Aos 28 anos, candidatou-se a vereador pelo PTB e perdeu as eleições. O mesmo ocorreu quatro anos depois, quando tentou ser vice-prefeito.


Por ser amigo do governador mineiro Magalhães Pinto, sobreviveu ao golpe de 1964 e não foi cassado, ao contrário da maioria dos colegas do PTB. A primeira vitória chegaria em pouco tempo. Filiado ao MDB, foi escolhido prefeito de Juiz de Fora em 1966 e reeleito em 1972. Como administrador da cidade, dividiu a experiência de poder com personalidades que, anos depois, escolheria para ocupar cargos importantes no Planalto: o professor Murilo Hingel (futuro ministro da Educação), Mauro Durante (futuro secretário-geral), Djalma Moraes (Comunicações), Alexis Stepanenko (Planejamento) e Henrique Hargreaves (Casa Civil). No governo federal, formariam juntos o núcleo da que ficou conhecida como República de Juiz de Fora, ou República do Pão de Queijo.

No governo, Itamar não se isolava na hora de decidir. Cercava-se de colaboradores e mantinha o hábito de consultar pessoas simples, do garçom à faxineira. Já era assim em 1974, quando exercia o segundo mandato como prefeito e decidiu renunciar para concorrer ao Senado pelo mesmo MDB. A decisão final só veio depois de ouvir a opinião do seu motorista.

- A vontade dele sempre prevalecia no final, apesar de ser um bom ouvinte e não ter vergonha de voltar atrás - lembra Henrique Hargreaves.

As chances de vitória na disputa pelo Senado eram remotas. O candidato natural do MDB era Tancredo Neves, mas o mineiro temia perder para o candidato da Arena e, por isso, lançou Itamar ao sacrifício. Na apuração, a surpresa: Itamar foi eleito por Minas e repetiu a dose em 1982, com o partido renomeado como PMDB.

Em 1986, perdeu o controle da legenda em Minas e tentou o governo do estado pelo PL, mas foi derrotado por Newton Cardoso, justamente o candidato do PMDB. Voltou para o Senado e encerrou o mandato com a participação na Assembleia Constituinte de 1987 no currículo.

Desde a época em que era prefeito, Itamar gostava de dizer que se considerava um político de esquerda, embora pouquíssimas vezes tenha composto com os partidos mais tradicionais deste campo. Foi mais eficiente que os colegas na hora de reforçar a imagem de político marcado pela seriedade e pela austeridade. Surpreendeu muitos correligionários quando aceitou ser vice na chapa de Fernando Collor (PRB) à Presidência, em 1989.

O temperamento intempestivo do mineiro e de Collor não deu muito certo. Desde a campanha, os dois se desentendiam com frequência e o clima não melhorou após a vitória nas urnas. Itamar achava que era perseguição Collor escolher justamente a Usiminas na primeira etapa do processo de privatização, ao qual se opunha. Quando contrariado, tremia até o topete - mantido desde a juventude e sem adição de produtos de beleza, garantem os mais próximos.

Um ano e meio depois da eleição, escândalos de corrupção envolvendo pessoas ligadas ao presidente começaram a manchar o mandato e, meses antes do impeachment de Collor, Itamar percebia que a situação era insustentável. Naquela época, reunia auxiliares para diagnosticar os principais problemas do país e traçar o que poderia vir a ser o seu governo. Com o afastamento definitivo de Collor, assumiu o cargo apoiado por um amplo leque partidário, num esforço claro para manutenção da ordem democrática recém-conquistada.

- Pode orgulhar-se a nação capaz de dominar as suas mais graves crises políticas na ordem da lei. Sábio é o povo que, na conquista e preservação de sua própria liberdade, expressa veemência no clamor das ruas e na serenidade de seus atos - discursou Itamar na TV, como presidente.

Apesar da amplitude de apoio ao seu governo, o núcleo duro era mesmo formado pelos amigos do tempo de Juiz de Fora, somados a poucos parceiros da época do Senado, como Maurício Corrêa, que viria a ser ministro da Justiça. Não havia outro jeito: Itamar conhecia pouca gente no Rio ou em São Paulo e não tinha canais com o mundo acadêmico, empresarial ou sindical. Até mesmo no mundo político, sua base era considerada precária. Ainda assim, Itamar foi hábil o suficiente para garantir a estabilidade política do país depois do maior escândalo político da vida nacional.

O núcleo estava sempre por perto e o aconselhava, mas não foi capaz de evitar um episódio constrangedor. Com o argumento de que o último presidente a participar do carnaval teria sido Hermes da Fonseca, em 1913, Itamar decidiu assistir ao desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro 1994. Protagonizou uma cena inesquecível ao lado da modelo cearense Lilian Ramos, de 27 anos, no camarote. Sem calcinha, a jovem - com quem Itamar sambou, cochichou ao pé do ouvido e trocou telefones - fez a alegria dos fotógrafos que cobriam o evento. As fotos, que correram o mundo, serviram para encerrar abruptamente o romance do então presidente.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/06/29/morre-senador-ex-presidente-itamar-franco-aos-81-anos-924793359.asp#ixzz1Qyt4WKwB