Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

24 julho 2010

RESPOSTA DO PT E O SILÊNCIO DAS FARCS ?

Há um dado a registrar nos desdobramentos das acusações de Índio da Costa sobre as ligações do PT com as Farc: nenhuma das manifestações em contrário tratou do conteúdo do que disse. Todas, sem exceção, centraram-se em desqualificar quem as disse.
O que está em pauta, porém, não é apenas o denunciante, mas o teor do que foi denunciado, que vai muito além de sua dimensão pessoal ou política. Se o que disse é verdadeiro, então cumpriu seu papel de homem público. Se não é, deve ser responsabilizado judicialmente e o que contra ele já se disse ainda terá sido pouco.
Só se pode chegar à segunda assertiva depois de elucidada a primeira. No entanto, ignorou-se a primeira e aplicou-se a segunda.
O PT acabou estabelecendo a solução: levou o caso à Justiça. Lá, Índio terá que provar o que disse ou se submeter às penas da lei. Ele diz que tem provas do que disse. O país as aguarda. O que disse, afinal, não é pouca coisa – e o lugar que ocupa confere-lhe ao menos o benefício da dúvida, negado desde o primeiro momento.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia surgiram em 1964, como guerrilha política, de índole marxista-leninista. A partir dos anos 80, derivaram para ações criminosas. São hoje a principal organização narcotraficante do continente e mantêm relações, já comprovadas pela Polícia Federal brasileira, com organizações criminosas como Comando Vermelho e PCC.
Estão no centro da presente discórdia (mais uma) entre Venezuela, acusada de fomentá-las, e a Colômbia. Em 1990, ao criar o Foro de São Paulo, que teve como seu primeiro presidente Lula e presidente de honra Fidel Castro, o PT convidou as Farc a integrá-lo. Reconheceu assim a legitimidade do papel político que exerce.
Em 2002, com o sequestro da senadora e candidata à Presidência da Colômbia Ingrid Bettencourt, as Farc deixaram formalmente o Foro, a cujas reuniões, no entanto, continuaram a comparecer informalmente.
“Esse sujeito é um perturbado”, disse Marco Aurélio Garcia. “Quando terminar as eleições, vai ser vereador no Rio de Janeiro”. Tem sido essa a linha de argumentação, o que, convenhamos, está longe de obedecer à mais elementar norma de debate público.
Se é um despropósito atribuir vínculo do PT com as Farc, então, antes de condenar o acusador, ou simultaneamente a essa condenação, é preciso mostrar a improcedência dessa acusação.
Dizer algo como: o PT não tem e nunca teve vínculo com as Farc. O PT condena – e considera criminosa – a ação narcoguerrilheira das Farc. E aí outras explicações se impõem: por que então o governo Lula deu refúgio político ao narcoguerrilheiro Olivério Medina e requisitou sua mulher, Angela Slongo para trabalhar na Casa Civil da Presidência da República?
Dizer também porque o mesmo Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, se negou a considerar as Farc terroristas, não obstante sua prática de sequestro e assassinatos de pessoas, inclusive gente alheia à luta política na Colômbia – e não obstante ser essa a classificação que lhes dão União Europeia e Estados Unidos.
Mais: por que o PT, ao criar o Foro de São Paulo, em 1990, convidou as Farc, que, já naquela época, praticavam sequestros e tráfico de drogas?
Não basta dizer que o acusador é um nada, até porque não o é. É deputado federal e candidato a vice-presidente da República. Se fosse um nada, o PT não o levaria à Justiça. Se o levou, é porque viu gravidade no que disse. E, se o que disse é grave – e é -, precisa ser respondido, e até agora não foi.

Ruy Fabiano é jornalista - Fonte: Blog do Noblat

18 julho 2010

"SERRA, PORQUE LHE DAREI MEU VOTO

Serra não é um candidato inventado, tem história, já teve 80 milhões de votos, É O CANDIDATO A PRESIDENTE MAIS EXPERIENTE E PREPARADO QUE O BRASIL JÁ TEVE, ELE SABE FAZER ACONTECER; UM EXCELENTE ADMINISTRADOR: A EXPERIÊNCIA GARANTE O AVANÇO.
Sem realizar prévia ou consulta interna, alijou Tarso Genro, Patrus Ananias, Aluizio Mercadante e outros petista histórico porque teriam luz própria, por isso Lula impostos Dilma, uma espécie de Avatar, a candidata biônica, do PT à presidência da república. Foi ungida, sem nunca ter conquistado um só cargo público pelo voto ou por concurso, justamente para ser 100% LULODEPENDENTE, ESTA É A CANDIDATA DA SITUAÇÃO...
José Serra tem 68 anos, é paulista, filho de imigrantes italianos, o pai vendedor de frutas no Mercado Público, foi criado em uma pequena casa quarto e sala, geminada com outras 24, em São Paulo.
Dilma Rousseff tem 62 anos, é mineira, filha de um imigrante húngaro, rico empreiteiro e dono de construtora, proprietário de dezenas de imóveis em Belo Horizonte, foi criada em um grande e espaçoso apartamento em Belo Horizonte.
Somente quando chegou ao Científico, a família Serra mudou-se para um apartamento de dois quartos, alugado. Antes disso, moraram em uma pequena casa em rua de chão batido.
Imóvel não era problema para a rica família Rousseff, que passava férias no Rio. Um dos espaçosos apartamentos foi cedido para Dilma utilizar, exclusivamente, como esconderijo seguro para os grupos terroristas dos quais participava, de onde saíam para praticar atentados, roubar e seqüestrar.
No início dos anos sessenta, vinculado à política estudantil, Serra foi presidente da União Estadual de Estudantes, de São Paulo, e da União Nacional dos Estudantes, com apoio da Juventude Católica. Democrata, sempre usou o palanque e a tribuna como armas, jamais integrando grupos terroristas e revolucionários manipulados pelo comunismo internacional.
Dilma, por sua vez, neste mesmo período, fazia política estudantil nas escolas mais burguesas de Belo Horizonte. Em 1963, ingressou no curso clássico e passou a comandar uma célula política em uma das mais tradicionais escolas da cidade, onde conheceu futuros companheiros de guerrilha, como o atual prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel.
Em 1964, Serra exilou-se na Bolívia e, posteriormente, na França, retornando ao Brasil em 1965, na clandestinidade. Ainda neste ano, foi para o Chile, onde ficou durante oito anos. Com a queda de Allende, foi para a Itália e, posteriormente, para os Estados Unidos. Teve uma vida extremamente produtiva no exílio, onde adquiriu sólida formação acadêmica, foi professor e consultor.
Em 1964, Dilma começou a conviver com terroristas de esquerda, iniciando a sua carreira como militante na luta armada. Neste período ingressou na POLOP, Política Operária, onde militou até ingressar na universidade.
Em 1967, Serra casou-se com a psicóloga e bailarina Sílvia Mônica Allende, com quem tem dois filhos e dois netos e continua até hoje casado.
Dilma também casou-se em 1967, com o terrorista e guerrilheiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ("Aurelio", "Lobato"). Quando o primeiro marido a deixou, para ir cumprir missões em outros países, sequestrando um avião no Uruguai, por exemplo, teve um segundo casamento com Carlos Franklin Araújo, com quem teve uma filha. Desde 2000, não está casada.
Serra interrompeu a sua formação acadêmica em função do exílio, que impediu que seguisse a carreira de Engenheiro. No entanto, no Chile, fez um mestrado em Economia e foi professor de matemática na CEPAL. Posteriormente, nos Estados Unidos, fez mais um mestrado e um doutorado na prestigiada Universidade de Cornell.Tem uma das mais sólidas formações na área no Brasil.
Dilma ingressou em 1967 na faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. Ali participou da criação do sanguinário grupo COLINA, Comando de Libertação Nacional. Posteriormente, participou ativamente da fusão entre a COLINA e a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária, quando surgiu a violenta VAR-P, Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, responsável por dezenas de crimes contra civis e militares.
Serra permaneceu 10 anos longe do Brasil. Retornou em 1977, dois anos antes da Lei da Anistia, sendo um dos únicos que voltou sem nenhuma garantia de liberdade e ainda com os direitos políticos cassados.
Enquanto isso, Dilma estava na clandestinidade, participando de ações armadas, recebendo treinamento para guerrilha no exterior, ministrado por organizações comunistas internacionais. Aprendeu a usar o fuzil com maestria, especialmente na atividade de montá-lo e desmontá-lo no escuro. Foi presa em 1970, permanecendo nesta condição até 1973.
Em 1978, Serra iniciou a sua carreira política, que este ano completa 32 anos. Neste ano, teve sua candidatura a deputado impugnada, sob a alegação de que ainda estava com os direitos políticos suspensos. Foi admitido como professor de Economia na UNICAMP, onde ficou até 1984.
Em 1973, Dilma Rousseff retomou o curso de Economia na UFRGS, no Rio Grande do Sul, onde estava preso seu segundo marido, Carlos Araújo.. Ingressou, junto com o marido, no PDT e recebeu um cargo de estagiária na Fundação de Economia e Estatística, em 1977. Em 1978, Dilma Rousseff começou a fazer o mestrado na UNICAMP e, depois, o doutorado. Durante anos, mentiu em seu currículo que tinha concluído os dois cursos quando, na verdade, mal cursou os créditos, que representa quando muito 10% de um título acadêmico strictu sensu.
Em 1983, Serra iniciou, efetivamente, a sua carreira como gestor, assumindo a Secretária de Planejamento do Estado de São Paulo.
Em 1985, Dilma assumiu a Secretaria Municipal da Fazenda, em Porto Alegre, no governo do pedetista Alceu Collares, com quem tem uma dívida de gratidão. Hoje Collares é conselheiro de Itaipu.
Em 1986, Serra foi eleito deputado constituinte, com a maior votação do estado de São Paulo. Foi o deputado que aprovou mais emendas no processo da Constituinte: apresentou 208 e aprovou 130, uma delas criando o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Liderou toda a reformulação orçamentária e de planejamento do país, no período, que começaram a estruturar as finanças brasileiras, preparando-as para o futuro Plano Real.
Dilma saiu da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre em 1988, sendo substituída pelo hoje blogueiro Políbio Braga, que afirma: "ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos."
Serra foi um dos fundadores do PSDB, em 1988. Foi derrotado por Luiza Erundina, do PT, nas eleições para prefeito de São Paulo. Em 1990, foi reeleito deputado federal com a maior votação em São Paulo.
Em 1989, Dilma foi nomeada Diretora-Geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, na cota do marido no PDT. Alguns meses depois foi demitida, pois não obedecia horários e faltava a todas as reuniões, segundo Valdir Fraga, o presidente da Casa, à época.
Em 1994, Serra foi um dos grandes apoiadores do Plano Real, mesmo com idéias própria que o indispuseram, por exemplo, com Ciro Gomes. Neste ano, foi eleito senador por São Paulo, com mais de seis milhões de votos. Em seguida, assumiu o Ministério do Planejamento.
Em 1995, voltou para a FEE, mas como funcionária, já que o PDT havia perdido a eleição. Ali editou uma revista de indicadores econômicos, enquanto tentava acertar o seu “doutorado” na UNICAMP.
Em 1998, José Serra assumiu o Ministério da Saúde, criando os genéricos e o Programa de Combate a AIDS. Criou a ANS e ANVISA. Foi considerado, internacionalmente, como uma referência mundial em gestão na área.
Em 1998, na cota do PDT, assume a Secretaria de Minas e Energia, no governo petista de Olívio Dutra, eleito governador gaúcho. Vendo que o partido de Brizola estava decadente, ingressou no PT.
Em 2004, Serra elegeu-se Prefeito de São Paulo.
Em junho de 2005, Dilma assumiu o lugar de José Dirceu, o chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão, sendo saudada por ele como “companheira de armas e de lutas”, em memória aos tempos da guerrilha.
Em 2006, elegeu-se Governador de São Paulo. É o candidato natural da oposição à Presidência da República.
Este texto está no blog: theodianobastos.blogspot.com

14 julho 2010

RÉU CONFESSO, SENTENÇA INEVITÁVEL



Por Fernando Rodrigues



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou ontem abertamente a lei ao elogiar sua ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff durante uma cerimônia pública.
A candidata governista ao Planalto foi anunciada como grande responsável pelo projeto do trem-bala que algum dia, em tese, ligará São Paulo ao Rio.
Foi uma transgressão curiosa. O próprio Lula interpretou sua intenção, quase se desculpando: "Eu, na verdade, nem poderia falar o nome dela, por um processo eleitoral, mas a história a gente também não pode esconder por causa de eleição. A verdade é que a companheira Dilma Rousseff assumiu a responsabilidade de fazer este TAV [o trem-bala]".
É como se um cidadão cometesse um ato ilícito e em seguida dissesse para a vítima: "Eu sei que está errado, mas não posso ir contra a minha natureza". E tem sido da natureza de Lula nesses últimos meses colocar toda a estrutura possível do governo a serviço da candidata oficial.
Assinante do jornal leia mais em Gestão está a serviço de petista e transgressão é bem estudada.

13 julho 2010

O BRASIL PODE MAIS

Serra, Aécio e Anastasia em corpo a corpo


O candidato do PSDB à Presidência, ex-governador de São Paulo José Serra, afirmou ontem, em Belo Horizonte, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai mandar no Brasil a partir de 1º de janeiro de 2011. Com um discurso de contraponto à alta popularidade de Lula, Serra disse que ninguém nunca conseguiu “terceirizar cargo presidencial”. Em tom de crítica, o ex-governador paulista afirmou que, em caso de vitória da candidata petista Dilma Rousseff, quem vai governar o país será, na realidade, o PT. “O Lula é um homem inteligente, duvido que ele pense que vai continuar mandando. Se pensar isso, está enganado. O Lula é mais forte que o PT, e a Dilma mais fraca que o PT. Se ela ganhasse, quem iria ficar por cima é PT com todas aquelas contradições e dificuldades”, criticou.

Mais tarde, em entrevista exclusiva à TV Alterosa, o ex-governador repetiu o discurso e afirmou que “a administração tem de ser feita por quem for eleito”, por isso, está certo de que “a população vai procurar fazer a sua própria avaliação a respeito dos candidatos”. Serra viajou a Belo Horizonte para participar de caminhada na região de Venda Nova com o governador Antonio Anastasia, candidato tucano à reeleição, e com o ex-governador Aécio Neves, candidato ao Senado.



Acompanhados de uma claque e de um carro de som, os candidatos percorreram dois quarteirões da Avenida Padre Pedro Pinto, a principal da região, onde cumprimentaram comerciantes e gravaram cenas externas que serão usadas na propaganda eleitoral da TV.

Na entrevista à Alterosa, Serra negou ter pedido a demissão do diretor de jornalismo da TV Cultura, emissora estatal paulista, Gabriel Priolli, na última semana. “Eu nem soube, nem sabia quem era o diretor (de jornalismo da TV Cultura). Aí, você tem os twitters e os blogs sujos que vão espalhando (isso) na esperança de fazer pauta para a imprensa. Se teve algo que nunca tutelei, foi a TV Cultura. Ao contrário, é o governo federal que tem as suas emissoras usadas de maneira política muito clara”, criticou o ex-governador, referindo-se à Radiobrás e à TV Brasil.

Questionado sobre a forma como isto acontecia, Serra respondeu: “De várias maneiras, o jornalismo é bastante criativo para poder fazer isso, esse jornalismo oficialista. A TV Cultura tem autonomia completa, pode pegar o noticiário para ver. É só ir olhar para ver se alguma vez houve alguma espécie de favorecimento”, disse. Serra ficou irritado quando perguntado se o tema pedágio o incomoda. “Não”, respondeu, fechando a cara. Ontem, a TV Cultura negou, por meio de nota, que o afastamento do diretor tenha tido motivação política.

O candidato fez fortes críticas ao fato de Dilma ter retirado assinatura de seu esboço de programa de governo entregue à Justiça eleitoral no ato de registro da candidatura. Ao se referir a pontos polêmicos do programa petista, ele afirmou que não tem “dupla cara”. “Ainda vamos recolher muitas propostas porque não apresentamos um plano detalhado, mas somente as diretrizes gerais. Não se trata de versão do tipo você é aliado do MST e na outra adversário do MST. Em uma você prega a coação da imprensa, na outra uma imprensa livre. Não temos essa dupla cara, digamos”, alfinetou.

Na primeira visita de campanha, Serra aproveitou para reafirmar compromissos com os eleitores do segundo maior colégio eleitoral do país. Ele prometeu finalizar o metrô de BH, inclusive se esforçando para “construir alguns quilômetros” em tempo viável para a Copa de 2014. “O governo federal não aumentou em um metro o metrô. Quanto mais a cidade se expande, mais caro é o metrô, que já custa uma fortuna”, disse.


Além da construção de um Rodoanel e da ampliação da capacidade do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, por meio de concessão, o ex-governador prometeu criar defensivos agrícolas genéricos, entrosar os diferentes programas sociais do governo e colocar dois professores na sala de aula no primeiro ano do ensino fundamental.

SE EU FOSSE PRESIDENTE...
A primeira coisa que eu faria se fosse eleita presidente do Brasil seria montar uma boa equipe no governo, porque o presidente não faz nada sozinho. Eu tentaria fazer um governo realmente democrático, para os trabalhadores, e criaria condições para que o povo participasse cada vez mais dessa democracia. Eu faria projetos populares, principalmente. Também investiria na educação. Hoje, várias pessoas estão desempregadas, não porque não têm capacidade ou porque querem, mas porque não tiveram condições de ter boa educação. Eu também investiria no emprego, mas não no emprego de mão de obra barata. Iria investir no bom emprego, com salário justo para o trabalhador.

Fonte: Jornal Estado de Minas

10 julho 2010

PSDB A LOCOMOTIVA DE AÉCIO NEVES


Um ato marcado para a semana que vem pretende reunir em Belo Horizonte os 1.036 candidatos a deputado estadual e federal da coligação encabeçada pelo PSDB, dirigentes dos 13 partidos que compõem a aliança e coordenadores da campanha ao governo de Minas Gerais. O objetivo é debater o programa da candidatura à reeleição do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) e definir as estratégias para a disputa pelo interior do estado. O fortalecimento da candidatura a presidente de José Serra (PSDB) será outro tema.

De acordo com o candidato ao Senado Aécio Neves (PSDB) – que ontem se reuniu com representantes dos partidos aliados na capital mineira –, a orientação é que o foco da campanha sejam as propostas para o estado, evitando ataques aos adversários. “Temos um projeto e queremos que ele seja debatido, não somos os donos da verdade. Vamos fugir de uma campanha com ataques pessoais”, afirmou Aécio depois do encontro.

Para fortalecer a campanha pelo interior, será distribuído material gráfico regionalizado, com os programas implementados pela gestão de Aécio e Anastasia e o que ainda será feito. As peças deverão trazer também a menção ao ex-governador de São Paulo, José Serra. “Vamos acoplar a candidatura de Serra e Anastasia, respeitando os partidos que se aliaram a outros candidatos. Alguns partidos se aliaram ao PT e nem podem, do ponto de vista legal, apoiar outro candidato”, disse Aécio. Entre as legendas que configuram o Dilmasia – aqueles que apoiam Anastasia em Minas Gerais e Dilma Rousseff, a candidata do PT ao Palácio do Planalto – estão o PDT, PR e PSB.

A partir de segunda-feira, quando o governador retorna de visita oficial aos Estados Unidos, será montada um agenda de viagens para este mês. Segundo Aécio, outra estratégia será dividir os compromissos entre os candidatos – ele, Anastasia e Itamar Franco (PPS), que disputa a segunda vaga mineira para o Senado. “Temos nomes com densidade política e reconhecimento da população que nos permitem nos dividirmos”, argumentou, completando que todos vão se “desdobrar” para ter a presença da coligação nas diversas regiões do estado.

Uma orientação repassada ontem aos aliados é que aqueles que tiverem alguma participação mais efetiva na campanha terá que se desligar de cargos no governo. Aos servidores será permitida participação em campanha, mas desde que em horários fora do expediente e nos fins de semana. Também foi criada uma coordenadoria de voluntários, voltada para a orientação daquelas pessoas que quiserem contribuir informalmente para as candidaturas da chapa.

VÍNCULO

O deputado federal e secretário nacional do PSDB, Rodrigo de Castro, foi escolhido ontem coordenador da campanha presidencial tucana em Minas. Será montada um estrutura própria para Serra, embora a estratégia seja aliar a campanha presidencial à de governador e senador. “Sentimos a necessidade de um trabalho efetivo para José Serra em Minas. Vamos criar uma estrutura exclusiva para ele, mas sempre buscando vincular a imagem de Aécio, Anastasia e Serra”, afirmou Castro. Os integrantes dos partidos aliados que estejam na coligação do PSDB na disputa nacional e estadual também estarão encarregados de pedir votos para o tucano. Segundo Aécio Neves, estão nesse grupo inclusive Itamar Franco – que nunca escondeu desavenças com o tucano. “O Itamar apoiará o Serra até por uma decisão de seu partido”, comentou Aécio. Fonte: Jornal Estado de Minas.

07 julho 2010

POR UM GOVERNO DE PRINCÍPIOS


A importância dos princípios. O princípio é a base, o ponto de partida, a regra para uma cadeia de eventos, pensamentos ou intenções formadas anteriormente e que difere o sujeito político.
Em relação a matérias relacionadas com a sociedade brasileira, parece-me que o termo princípio assume um papel retórico diferente. Ele é a moeda de troca da cidadania democrática, um regime que promove a escolha. A noção de um homem com princípios implica que, em dada altura da sua vida, ele tomou decisões, fez escolhas... em suma, formou-se como indivíduo público e transmitiu a todos seus princípios.
Não nos passa pela cabeça afirmar que um rapaz de 13 anos tem princípios porque o termo princípio, definido desta forma, implica uma certa dose de responsabilidade, independência - moral, intelectual e financeira - que lhe permite fazer escolhas. Escolhas adultas, não infantilizadas por um idealismo desmesurado.Parece-me que se precisasse caracterizar os brasileiros como povo, os caracterizaria como um povo obliterado por um idealismo desmesurado, utopicamente perfeito... e logo aí, desumano. É dessa permanente idealização que resulta, por conseqüência óbvia, a mossa péssima escolha.Um princípio, tal como a palavra indica, é um começo. Um começo de algo que se procuraria ideal mas que nunca o será, porque foi prometido e não foi cumprido.
É exatamente na compreensão da inevitabilidade do erro e na aceitação não-conformada - mas calma - da imperfeição que encontro o que poderia chamar de comportamento desvirtuado.Os brasileiros são um povo eminentemente infantil, altura da vida - às vezes, permanente - onde se idealiza e imagina. É numa atitude infantil, a da conformidade inerte face à impossibilidade de atingir o ideal, que assenta a lógica do "ou é perfeito ou não vale pena".A encruzilhada em que se encontra o nosso país poder-se-ia apelidar de passagem à maioridade democrática, um estado de alma em que o país receia não conseguir lidar com o futuro. Trata-se quase de uma primeira - e amedrontada - contemplação do real.
Nestes dois mandatos do Presidente Lula não houve uma clara preocupação com princípios, coisa que anda meio perdida na memória fraca da sociedade brasileira. Estes princípios, como a existência de uma avaliação dos professores, são absolutamente fundamentais. Mas o problema no Brasil, problema esse que não nos permite ser reformistas e evoluirmos, é que em tudo se procura um idealismo utópico, desumano, ou seja, a perfeição.
Voltando ao exemplo da avaliação qualitativa dos professores, ela tem de existir. Que não há sistemas de avaliação perfeitos, não há. Mas algo deve ser feito, algo deve ser evoluído. A democracia é um projeto inacabado e o caminho para sua correta implementação depende da escolha de homens de princípios suficientemente testados na vida pública.
Os princípios são um campo em que eu não perdôo aos políticos, porque um princípio não deve, nem pode, ser negociável. E assim chegamos a uma das mais importantes funções do estado: a de impor princípios aos cidadãos através da educação e da cultura, permitindo a responsabilização pelas escolhas. Quanto aos governantes: serem exemplos desse ato de cidadania é obrigação.

01 julho 2010

Coligação do PSDB tem 13 partidos
O anúncio da chapa foi feito no Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador, e contou com a presença de dirigentes de todos os 13 partidos que integram a coligação majoritária do PSDB. A composição da chapa de Anastasia, batizada de Sou Minas Gerais, além de reunir 13 partidos (PSDB, PPS, PTB, PP, DEM, PDT, PSB, PSC, PSL, PSDC, PMN, PRB e PR), recebe o apoio informal de mais cinco (PTdoB, PRP, PRTB, PTC e PTN). Também participou do anúncio o vice-presidente do PRB, Claúdio Sampaio. O partido está rachado em relação a que lado vai caminhar na disputa pelo Palácio da Liberdade. Parte da legenda apoia Anastasia e outra quer se aliar ao senador Hélio Costa, candidato ao governo junto com o PT.
Anastasia foi mais comedido ao ser questionado sobre a fala do ex-governador de ele vai vencer as eleições já na primeira fase da disputa, marcada para 3 de outubro. “Nosso compromisso é fazer uma campanha afirmativa, com base em programas, projetos, mostrando o que se realizou em Minas Gerais nestes anos, demonstrando quais serão as novidades que vamos fazer, os novos programas e novas propostas e, mais do que isso, buscando o reconhecimento da população mineira. Estamos bastante animados e vamos trabalhar para que esta campanha se dê de maneira bastante afirmativa”, desconversou o candidato. Apesar do clima de já ganhou, o ex-governador disse que não despreza os adversários e que espera que a campanha em Minas seja altiva tanto na esfera federal quanto estadual. Fonte: Jornal Estado de Minas, para assinantes.