Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

19 outubro 2011

PC DO C - CORRUPTOS REVOLUCIONÁRIOS


O ministro é o responsável pelo que ocorre na Pasta

Blog de João Bosco Rabello

Ficou convencionado no Brasil, na era de escândalos mensais, que a um ministro é suficiente convencer a comunidade política de não envolvimento direto em falcatruas na Pasta sob seu comando para a absolvição e permanência no cargo.

Até seria admissível quando se tratasse de desvios menores circunscritos a um departamento em que fosse aceitável a desinformação do ministro a respeito. Coisas da rotina que passassem ao largo do gabinete. Fora disso, o ministro deve ser responsabilizado pelo que ocorre na sua Pasta.

Os recentes escândalos nos ministérios dos Transportes, Agricultura e Turismo dizem respeito a milhões de reais destinados a programas negociados diretamente pelos ministros ou pelos secretários-executivos – ou ainda por estruturas do primeiro escalão.

O caso do ministério dos Esportes é mais um nessa linha. Secretário-Executivo à época da assinatura dos convênios do programa Segundo Tempo, o atual ministro Orlando Silva tenta livrar-se do problema atribuindo a aprovação de verbas a uma ONG de um policial militar ao atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz – na ocasião, ministro dos Esportes filiado ao PC do B.

O máximo que isso pode sugerir é que ambos precisam ser investigados: afinal, eram os funcionários mais graduados da Pasta. Agnelo já tem seus bens bloqueados em razão dessa investigação. Orlando Silva entra nela agora por uma denúncia do militar afirmando seu envolvimento na mesma proporção do antecessor.

Está se falando de desvios de R$ 25 milhões se considerada a quantia que o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou ONGs envolvidas no programa a devolver aos cofres públicos.

Ainda que venha a provar sua inocência nas acusações de participação direta nos desvios, o ministro Orlando Silva não tem como reivindicar a permanência no cargo a partir disso: é uma quantia que o ministério tem que responder por ela.

Além do mais, está claro que as verbas do programa, cujo sentido é a inclusão de jovens em atividades esportivas, foram utilizadas para reforço de caixa do PC do B, partido ao qual pertence o ministro e ao qual pertencia seu antecessor, hoje no PT.

Leia a íntegra em Cúmplice ou não, o ministro é o responsável pelo que ocorre na Pasta

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