Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

22 outubro 2011

PREMIO NOBEL ENSINANDO A GOVERNAR

O que o ganhador do Nobel de Economia tem a ver com o seu emprego



O que os governos sabem realmente sobre as condições da economia e do mercado de trabalho, quando tomam decisões que ajudam a criar ou exterminar empregos? “Não tanto quanto deveriam” é uma resposta razoável. Mas outra bem aceitável é “sabem mais hoje do que sabiam nos anos 70”. E um dos responsáveis por tornar governos e empresas mais inteligentes é o economista Christopher Sims, professor e pesquisador na Universidade de Princeton, nos EUA, e um dos ganhadores do prêmio Nobel de Economia de 2011. Entrevistei Sims alguns dias depois de o nome dele ser anunciado e mandei algumas perguntas a pessoas que entendem melhor do que eu o tema para lá de complexo que ele estuda.

Sims tem 69 anos e trabalha há cerca de 40 para melhorar os modelos matemáticos usados por governos – principalmente bancos centrais – e empresas a fim de simular o funcionamento da economia. Grosseiramente, sabemos que, quando um banco central eleva a taxa básica de juros, tendem a cair o volume e a velocidade das contratações e do investimento produtivo feito pelas empresas – em outras palavras: você tende a ganhar mais com investimentos em renda fixa, pagar mais pelas suas dívidas e sofrer mais para conseguir emprego novo, promoção ou aumento. Mas é difícil saber ao certo qual será a intensidade e a velocidade da reação da economia às medidas do governo.

Com o aprimoramento feito por Sims e outros economistas, os modelos acomodam melhor as incertezas, aprendem melhor com as próprias falhas e conseguem estabelecer relações mais refinadas de causa e efeito. “A alta de juros não reduz a inflação e a produção imediatamente, e o BC não conhece o nível exato de atividade econômica no mês em que define a taxa. Se colocarmos, num modelo estatístico de séries temporais, o tempo que [essas e outras] variáveis levam para interagir, pode-se obter uma ideia aproximada dos efeitos das mudanças feitas pelo Banco Central nas taxas de juros”, contou ele a ÉPOCA. “Meu trabalho nessas ideias foi o principal ponto mencionado pelo comitê do Nobel, embora eu tenha outras linhas de pesquisa.”

O economista Tiago Berriel, professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-aluno de Sims, vê um avanço substancial nos modelos matemáticos em uso, com benefícios para toda a sociedade. “Esse tipo de modelo ajuda na previsão de variáveis macroeconômicas como emprego, inflação e nível de atividade. Mas ainda: ajuda a fazer previsões condicionais – o que aconteceria com a atividade ou o desemprego se as taxas de juros ou os gastos do governo fossem maiores ou menores? Essas perguntas podem ser respondidas com as técnicas desenvolvidas pelo Sims”, explica Berriel.

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Um comentário:

Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. disse...

Desvio de dinheiro público leva a isso: " O Eurogrupo, que reúne todos os ministros da Economia da União Europeia, chegou a um acordo na sexta-feira para que os governos da região aumentem "substancialmente" a contribuição do setor privado no segundo resgate da economia da Grécia. A afirmação foi feita neste sábado pelo presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao comentar as reuniões deste fim de semana sobre a situação da economia grega, que ameaça provocar uma recessão em toda a Europa.

"Acertamos que é preciso elevar substancialmente a contribuição dos bancos" para o segundo programa de assistência financeira para a Grécia, que chega a 159 bilhões de euros, disse na chegada a reunião de ministros de Finanças da UE. O também primeiro-ministro de Luxemburgo partiu do fato de que os preparativos para as negociações com o setor privado avançaram de tal forma que talvez neste domingo "já se possa ter uma decisão" na cúpula dos chefes de Estado e do Governo da zona do euro. Se isso não acontecer, a ideia é de que até quarta-feira na segunda cúpula dos 17 países da moeda comum se alcance um acordo.

O ministro de Finanças sueco, Anders Borg, confirmou que os organismos que detêm dívida grega terão de assumir perdas substanciais. Segundo o relatório do grupo que financia a ajuda à Grécia sobre a sustentabilidade da dívida grega obtido pelo Financial Times, a economia grega se deteriorou tanto nos últimos três meses que os sócios internacionais teriam de fornecer 252 bilhões de euros até o fim desta década, salvo o setor privado aceite cortes importantíssimos no valor da dívida.

O estudo determinou que, com o objetivo de reduzir o nível de dívida atual da Grécia, de 160% do PIB, para 120% em 2020 o corte deveria ser de 50% e para isso seria necessário um resgate internacional de 114 bilhões de euros. Para chegar a 110% da dívida faltaria quitar 60% e então os 109 bilhões de euro de fundos da UE e do Fundo Monetário Internacional estipulados em 21 de julho bastariam."