Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

06 julho 2011

UM ESTRANHO NO NINHO DO DNIT

Funcionário "inexistente" ocupa cargo poderoso no Dnit.

Um encontro político na Câmara Municipal de Barretos (SP), em março do ano passado, parecia ser mais uma trivial solenidade, com a presença de autoridades locais e federais. Vereadores, deputados e um assessor da diretoria-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) comemoravam a assinatura da autorização para a licitação das obras do contorno ferroviário de Barretos, uma reivindicação antiga do município. Quem esteve em Barretos para assinar pelo Dnit foi o assessor de Controle Processual do órgão, Frederico Augusto de Oliveira Dias. O deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) ciceroneou o assessor, que atua em Brasília num gabinete próprio, ao lado do gabinete do diretor-geral do Dnit.

O detalhe é que Frederico não é funcionário efetivo ou comissionado do Dnit nem de nenhum outro órgão da União. Não há qualquer ato oficial que o nomeie para o exercício da função, o que impede, por exemplo, a assinatura de autorizações para licitações. O assessor é, na verdade, um servidor terceirizado, colocado no órgão por influência do deputado Valdemar Costa Neto. Cabe a Frederico selecionar contratos e convênios e encaminhar processos ao diretor-geral do Dnit, a quem é diretamente ligado.

É Frederico que recebe prefeitos, vereadores e deputados que vêm a Brasília em busca de recursos para obras viárias em suas regiões, por determinação e encaminhamento de Valdemar Costa Neto. Os dois também procuram os prefeitos nas próprias cidades, como ocorreu em Barretos. Frederico e Valdemar são de Mogi das Cruzes (SP), cidade onde o assessor do Dnit se candidatou a vice-prefeito em 2004. Pouco tempo depois, Frederico mudou-se para Brasília e passou a ter influência no Dnit. “Foi o Boy que o levou para Brasília. As famílias são amigas”, diz uma pessoa próxima a Valdemar Costa Neto, conhecido como Boy em Mogi das Cruzes.

Fonte: Leia mais no Jornal Estado de Minas.

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