SUS: metade dos aparelhos para 80% da população
Por Fábio Fabrini, O Globo
Um bolo pequeno e dramaticamente repartido. É esse o retrato da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para atender 152 milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população, as unidades de saúde pública contam com apenas 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país.
O restante está exclusivamente a serviço de clientes privados ou de planos de saúde, público que corresponde a um terço da clientela do governo. O cálculo foi feito pelo GLOBO, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país tem 704,8 mil equipamentos, classificados em seis grandes grupos pelo IBGE (de diagnóstico por imagem; de manutenção da vida; de terapia por radiação; de funcionamento por métodos gráficos e óticos; e "outros").
Desse total, 396,9 mil estão alocados em serviços próprios ou credenciados pelo poder público. É como se cada máquina tivesse de ser dividida por 382 pacientes, mais que o dobro do verificado na saúde privada (151). Do prosaico aparelho de pressão à ressonância magnética, a desproporção é imensa.
Leia mais no Blog do Noblat.
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Um bolo pequeno e dramaticamente repartido. É esse o retrato da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS).
Para atender 152 milhões de pessoas, o equivalente a 80% da população, as unidades de saúde pública contam com apenas 56% dos aparelhos para diagnóstico e tratamento de doenças disponíveis no país.
O restante está exclusivamente a serviço de clientes privados ou de planos de saúde, público que corresponde a um terço da clientela do governo. O cálculo foi feito pelo GLOBO, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O país tem 704,8 mil equipamentos, classificados em seis grandes grupos pelo IBGE (de diagnóstico por imagem; de manutenção da vida; de terapia por radiação; de funcionamento por métodos gráficos e óticos; e "outros").
Desse total, 396,9 mil estão alocados em serviços próprios ou credenciados pelo poder público. É como se cada máquina tivesse de ser dividida por 382 pacientes, mais que o dobro do verificado na saúde privada (151). Do prosaico aparelho de pressão à ressonância magnética, a desproporção é imensa.
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