Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

12 maio 2015

NAS REDES SOCIAIS NÃO EXISTE LIDERANÇA VERTIGAL


REDES SOCIAIS: O EQUÍVOCO DOS QUE SE IMAGINAM LÍDERES!

"1. Esse Ex-Blog –por inúmeras vezes- e apoiado em diversos autores e especialistas, tem repetido à exaustão, que as Redes Sociais, são horizontais, desverticalizadas,impessoais e impulsionadas pela decisão de indivíduos. Mas a cada grande mobilização que alcança as ruas surgem siglas e líderes que se atribuem o sucesso, a organização e a direção dos movimentos. E setores da imprensa e vários políticos acreditam nisso e convidam para reuniões e entrevistas.

2. Ilusão de todos. Isso não tira a importância daqueles que criam siglas e através delas fazem a divulgação. Mas não são nem organizadores nem líderes. São distribuidores de informação sobre eventos como divulgadores. Esse Ex-Blog tem insistido que as manifestações de rua –real e física- por maiores que sejam, são muito menores que as redes –ruas- virtuais- onde todos os dias há manifestações, opiniões, multiplicação de textos e vídeos, com ou sem efeito virótico.

3. Hoje há institutos e empresas especializadas em identificar a temperatura das redes sociais. Na semana anterior a última manifestação de 12/04, estas afirmaram que a temperatura das redes virtuais estava bem menos aquecida e que provavelmente as ruas virtuais iriam para as ruas reais, em menor proporção, como, aliás, ocorreu.

4. Em 2013 as siglas e líderes tinham outros nomes, agora em 2015, surgem outras, todas na verdade tiveram o mérito de sentir a pulsação das redes virtuais –horizontais, desverticalizadas, individuais, impessoais, anônimas- e impulsionar nas redes a informação sobre uma concentração nas ruas e sentir o retorno, para em seguida divulgar. São efeito, e não causa. São as folhas caindo e não a ventania.

5. Mas mesmo essa divulgação primária, é mínima. São as redes virtuais que vão multiplicando ou não a agenda. De junho de 2013 para 2015, algumas pegaram e tiveram um efeito virótico. Outras ficaram nas ruas virtuais e não saíram as ruas reais.

6. Se os institutos e empresas especializadas em medir a temperatura das redes sociais, em vez de prestadores de serviço, se sentissem como estimuladores de manifestações teriam muito maior impacto que movimentos e lideres eventuais.

7. Como as redes sociais –horizontais- são heterogêneas em seus perfis, a imprensa, os analistas e os políticos, não conseguem identificar qual a reivindicação principal dos protestos. Pesquisas realizadas com os manifestantes mostram isso. Nenhum tema alcança sequer 30% das respostas e em geral esses 30% repetem o que o noticiário concentra. Mas na verdade é muito mais uma reação –de Indignação- difusa ampliada num momento de crise. Ou seja, as reivindicações são pulverizadas, individuais e agregadas.

8. Que os líderes e siglas, entendam a sua verdadeira importância e dimensão, e não se pensem responsáveis além de noticiadores, divulgadores, o que, aliás, não tira importância dos que conseguem maior luminosidade pela imprensa. Mas devem entender que são milhões de “siglas e líderes” individuais. Entendendo isso, e baixando a bola, produzirão maior sustentabilidade ao que se propõe. E maior reconhecimento das redes."

Fonte: ex-blog do Cesar Maia.

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