Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

25 janeiro 2011

Libera Geral


Esse negócio de liberar maconha é engraçado. Ou melhor, o motivo, ou desculpa - cada um chama do jeito que quiser - é engraçado.

“... trabalhar pela legalização e regulamentação do uso da maconha como a melhor maneira de combater o tráfico de drogas e suas consequências."

"Vamos legalizar a maconha para combater o tráfico, ... por ser a droga de uso amplamente majoritário no mundo (90% do consumo mundial de drogas)".

Ah, tá! deixa ver se entendi: liberado ou legalizado, qualquer coisa serve, o uso da maconha acaba com o tráfico de drogas.

Mas, peraí. É tráfico de drogas ou tráfico de droga?

Se for tráfico de droga, tudo certo. Vamos legalizar que o tráfico acaba. Agora, se for tráfico de drogas (plural), a coisa não vai adiantar muito.

Além do mais, como já disse em outras ocasiões, esse povo, ex-presidentes e mais uns e outros, precisa passar cinco minutos na esquina batendo papo para saber como a banda toca.

A grana do tráfico não vem da maconha há muito, mas há muito tempo. A última geração que fuma maconha é a minha. Daí pra frente a maconha saiu de moda.

As gerações seguintes pegaram pesado na heroína - sexo, drogas e rock and roll. Jimmy Hendrix morreu afogado no próprio vômito por overdose de heroína. Janis Joplin morreu de overdose de heroína. Mas também para fazer o que ela fazia com a voz só tomando nos canos mesmo.

Depois veio a cocaína injetada também nos canos (nas veias) - o LSD, e coisas do gênero, eram para os doidões profissionais, aqueles que tomavam ácido para experiências, digamos, caleidoscópicas. O haxixe era a maconha dos riquinhos. O óleo de haxixe, que é a forma mais potente da droga, era um luxo.

Depois, com a AIDS a moda passou a ser cheirar cocaína (nada de chamar cocaína de coca, por favor, é um sacrilégio com o liquido mais precioso já inventado pelo homem). E agora estamos no crack que nada mais é que a borra que sobra no refino da cocaína.

Alguém conhece alguma maconhalândia, algum maconhódromo, ou coisa que o valha? Não. Não conhece - maconha, como já disse, é coisa da minha geração, ou seja, coisa de velho. Os que eu conheço que fumam maconha estão prá lá dos 50 e fumam em casa, na janela, depois do jantar, para relaxar - tem gente que toma vinho do porto, outros fumam sua maconha.

Agora, cracolândia todo mundo conhece, né? Tem uma em cada bairro, pelo menos no Rio de Janeiro, em São Paulo e nas grandes cidades do mundo.

Vamos combinar o seguinte. A grana que sustenta o tráfico não vem da maconha. A grana vem das drogas.
Fonte: Blog do Noblat

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