Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

22 março 2009

"Aspecto infeliz da natureza da água, quando ela flui em direção ao poder."

...Um enfoque sensível a gênero para a gestão dos recursos hídricos, por conseguinte, permite modificar os diferentes papéis e relações de homens e mulheres na gestão dos recursos hídricos. Porém, como Marx uma vez falou, o propósito de entender o mundo é para mudá-lo - presumivelmente para melhor. Um enfoque sensível a gênero na gestão dos recursos hídricos não deve somente facilitar um entendimento dos diferentes papéis de homens e mulheres, mas deve ainda propiciar a compreensão de quando e como esses papéis precisam mudar, de modo a possibilitar a participação igualitária no processo decisório, tanto de homens como de mulheres, e de igual acesso aos benefícios de água.
Em um país sujeito a secas como a África do Sul, a construção de barragens para armazenamento de água é uma parte importante da segurança da água, seja em nível nacional ou em nível bastante local. Acesso ao financiamento é, no Mundo, mais fácil para aqueles que são ricos do que para os pobres. Acesso ao financiamento é ainda mais fácil para homens do que para mulheres. Portanto, nas condições de escassez de água, tal como na África do Sul, a experiência do pobre é a da real escassez de água, em particular para a mulher pobre, enquanto os elementos mais ricos da sociedade são capazes de tomar medidas mitigatórias, tais como acesso a financiamento para a construção de reservatórios, adutoras e sistemas de irrigação controlada. É também importante que qualquer enfoque sensível a gênero seja ainda associado à análise da pobreza e do privilégio. ...
Como dividir um bem tão necessário para o desenvolvimento como a água? Esta é a discussão principal do Fórum Mundial da Água, com sua quinta edição que se encerra dia 23 de março, logo após o Dia Internacional da Água, reúne especialistas e representantes políticos em Istambul. A escolha da capital turca não poderia ser mais representativa dos dilemas atuais, já que se situa entre dois continentes e é vizinha das áreas secas mais instáveis politicamente do planeta, o Oriente Médio e Norte da África. Com o acirramento da escassez de água devido às mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global, poluição e barragens de rios, irrigação indiscriminada e a utilização predatória de lençóis freáticos, será que veremos guerras por água?

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