(O Estado de S. Paulo, 07)
Nível básico •
1) Use senhas alfanuméricas (incluindo símbolos e combinando
letras minúsculas e maiúsculas) diferentes para cada cadastro;
2) Use sequências numéricas aleatórias em instituições
financeiras, como senhas de cartões ou credenciais em aplicativos
bancários;
3) Ative a verificação em duas etapas por celular ou e-mail; 4)
Coloque senha no chip (SIM) da operadora, o que irá impedir que ladrões
insiram o cartão em outro aparelho e tenham acesso ao seu número; 5)
Não clique em links duvidosos ou dê informações pessoais, mesmo que o
pedido seja de um contato conhecido; 6) Ative todas as biometrias do seu
aparelho, como leitores de digitais e de rosto, que criam camadas a
mais de segurança.
Nível intermediário •
1) Tenha senhas aleatórias, complexas e impossíveis de decorar:
use apps específicos (1Password, Last Password) ou ferramentas de
navegadores (Google Chrome e Safari) que criam senhas e as colocam em um
“cofre” na nuvem;
2) Ative senhas de uso único como outra etapa de verificação.
São números aleatórios que funcionam como segundo código. São criadas
por apps próprios (Google Authenticator, Microsoft Authenticator, Authy,
1Password);
3) Entre em contato com a instituição financeira e diminua
limites diários de transferência (DOC, TED e Pix), saques e empréstimo
pré-aprovado; 4) Considere incluir um contato de confiança em sua
família iCloud (Apple), permitindo que familiares possam apagar o
dispositivo a distância em caso de roubo – Android (Google) não tem o
recurso.
• Nível avançado
1) Comprar uma chave de segurança física para recuperação de
senha e logins, como Titan (do Google), Yubico e OnlyKey — os preços, no
entanto, podem ultrapassar a faixa dos R$ 800. Esses objetos são
pequenos e podem ser guardados em chaveiros, por exemplo;
2) Gere e imprima códigos de backup alternativos, senhas
criadas automaticamente pelo próprio cadastro dos serviços. Devem ser
guardados em casa em local seguro; 3) Caso tenha adotado um app gerador
de senhas, apague as senhas salvas dos navegadores para evitar brechas;
4) Crie um “e-mail secreto” a que só você tem acesso: essa conta não
pode estar salva em nenhum dispositivo do cotidiano, deve ter senhas
fortes e autenticação em dois fatores ativada. Por esse e-mail, você
fará recuperação das contas mais importantes;
5) Deixe um dispositivo em casa (como um tablet ou celular
velho) para ser o local por onde você acessa seu e-mail “secreto”, apps
próprios de senhas ou até de instituições financeiras menos utilizadas.
Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

- Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde.
- Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
- Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."
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CRIANÇAS E ADOLESCENTES NUM PAÍS FAMINTO!
(Raquel Franzim e Ana Claudia Cifali respectivamente, diretora
de educação e culturas infantis do Instituto Alana e coordenadora
jurídica do Instituto Alana - O Estado de S. Paulo, 07) Ao longo dos
primeiros 18 anos de vida, a criança e o adolescente vivem
transformações físicas, cognitivas e emocionais que estruturam os anos
que seguem e a vida adulta. Esse período, que é breve, produz efeitos
duradouros. É por isso que o dado revelado de que o número de pessoas
passando fome dobrou do final de 2020 para o começo de 2022 em lares do
País com crianças de até 18 anos (25,7% das famílias) é o anúncio da
tragédia humanitária que vivemos no presente com potencial de arruinar
uma geração inteira no futuro. Durante as férias escolares, com a
interrupção da oferta de merenda escolar, este quadro se agrava ainda
mais.
Apenas 26% das crianças de 2 anos a 9 anos no Brasil fazem três
refeições por dia. Famílias negras e chefiadas por mulheres são as mais
impactadas, escancarando como a raça e o gênero são características
decisivas para uma vida de privações e para a desigualdade na garantia
de direitos em nosso país. A alimentação é o direito social mais básico
da vida humana. A interrupção do acesso regular e permanente à
alimentação de qualidade e em quantidade suficiente gera um efeito
cascata nos demais direitos, impactando o desenvolvimento e freando a
autonomia humana, essencial para um Estado Democrático de Direito.
Uma criança que passa fome não deveria preocupar apenas sua
família: é a demonstração de que toda a responsabilidade compartilhada
prevista no artigo 227 da Constituição federal falhou. Falhamos nós,
sociedade e suas instituições, e falham os governos, que deveriam
protegê-la acima de tudo, em primeiríssimo lugar, de toda ordem de
violência e crueldade que a fome provoca.
Entre os direitos sociais mais afetados ao passar fome
encontra-se o direito à educação. Tanto não há condições para aprender,
participar e se desenvolver integralmente que o País criou ainda em 1954
o consolidado Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Posteriormente, foi incorporado como direito na Constituição federal de
1988 nos artigos 205 e 208 como um programa suplementar, ou seja,
fundamental na garantia de qualidade na educação.
Responsável por garantir 15% das necessidades nutricionais
básicas da vida, o programa é uma política pública baseada em evidências
que comprovam que, do ponto de vista cognitivo, a desnutrição infantil
prejudica o desenvolvimento da atenção, a memória, a leitura e a
aprendizagem de linguagens como um todo.
A equação é simples: com menos energia e nutrientes, a
performance ao participar da vida escolar diminui e as dificuldades de
aprendizagem aparecem. Importante destacar que a fome provoca efeitos
sistêmicos no desenvolvimento da criança, desde o crescimento neuromotor
abaixo do esperado até, também, prejuízos em habilidades
socioemocionais como iniciativa e tomada de decisão. Além disso,
permanecer na escola nessas condições se mostra difícil, em alguns casos
gerando o abandono escolar para busca de trabalho na tentativa de
ampliar a renda familiar, como aponta relatório da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef) em 2020.
Por isso, uma boa alimentação escolar é fundamental, inclusive
no período de férias, com programas próprios e específicos para alcançar
as crianças e adolescentes que passam fome. Ainda que não responda a
todo o problema da fome e da pobreza, a alimentação escolar faz parte da
adoção de uma estratégia multidimensional, que inclui a elevação da
agenda como prioridade política, com programas consistentes de
redistribuição de recursos, assistência, renda e trabalho, sobretudo
para as famílias mais afetadas. Infelizmente, dados revelam que o País
não apenas deixou de apresentar essas soluções, como, em virtude das
escolhas políticas recentes do governo federal, empurrou mais pessoas
para a privação alimentar.
Com baixa competência técnica do Ministério da Educação (MEC)
para resolver os problemas estruturais do setor durante a pandemia de
covid-19, o governo federal tem priorizado questões irrelevantes para a
população, entre elas o ensino domiciliar, e passa a escrever, agora,
mais um capítulo desesperador. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), órgão técnico vinculado ao MEC, palco recente de
disputas políticas, vem nos últimos anos reduzindo a previsão e a
execução orçamentárias do Pnae. Segundo dados do próprio governo federal
no Portal da Transparência, a tendência é de diminuição de recursos
destinados à alimentação escolar. Tudo isso em meio ao agravamento do
cenário da fome.
Em outubro, o País passará por eleições para os governos
federal, estaduais e para o Legislativo. Sem ter os direitos de todas as
crianças e os adolescentes (especialmente os que passam fome)
priorizados hoje, no centro do debate e das políticas públicas, o amanhã
pode ser tarde demais para eles e para todos nós como sociedade e país.
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