Por Vinicius Porto.
Não apenas os institutos de pesquisa, como também os veículos de comunicação que as divulgam estão sujeitos a toda espécie de pressão política para favorecer o grupo A ou B. O escândalo da Proconsult, que fez de Brizola inimigo nº 1 da Tv Globo, foi um caso extremo. Entretanto, é de um exagero absurdo afirmar que todos os institutos de pesquisa, acompanhados pelos meios de comunicação, estariam conspirando contra a candidatura Alckmin, engordando as intenções de voto no candidato petista em mais de 20%!!
Aliás, o comportamento dos principais veículos de comunicação, entre os quais a endividada Rede Globo (além de Época, Veja, Estado de São Paulo, etc.), vai no sentido exatamente oposto do que aponta Machado: há um apoio quase explicitado à candidatura do tucano. Basta dar uma olhada na cobertura jornalística dos escândalos de corrupção ocorridos na gestão Lula (mensalão, sangessugas, compra do dossiê, etc.), minimizando o envolvimento das forças políticas oposicionistas e negligenciando a participação da gestão passada em alguns deles ou em outros igualmente graves (FHC comprou votos para aprovar a emenda constitucional da reeleição; o valerioduto começou, em 1998, para financiar a candidatura de Eduardo Azeredo; cerca de 70% das ambulâncias superfaturadas foram repassadas, sob a batuta de Barjas Negri e José Serra à frente do Ministério da Saúde, tendo como beneficiários vários municípios do Estado de São Paulo, administrado por Geraldo Alckmin); insinuações (quase assertivas, embora embasadas no senso comum midiaticamente fabricado) de que o Presidente e seu Partido iriam entrar em colapso antes do fim do mandato (alguns meios de comunicação simplesmente entoaram o cântico da oposição de que Lula iria sangrar até a morte; Veja foi mais além, apoiando explicitamente a abertura de um processo de impeachment); comparações recorrentes entre os escândalos dos governos de Lula e de Collor (Veja já se referiu ao Presidente como Lulla - como o faz Machado no e-mail anexo); a divulgação, em conluio com o Delegado Edmilson Bruno (reconhecidamente guiado por razões eleitorais) das fotos do dinheiro para a compra do dossiê imediatamente antes das eleições (é bom recordar que Bruno o fez de forma ilegal; exigiu da imprensa, fora das dependências da Polícia Federal, que fosse divulgada a versão de que as fotos tinham sido roubadas e exigiu que seu conteúdo fosse exibido, no mesmo dia, no Jornal Nacional).
Outro reparo: a Confederação Nacional dos Transportes é responsável pela pesquisa divulgada pelo CNT/Sensus e nada tem a ver com o Vox Populli. Mais um: apenas os mais direitistas e conservadores enxergariam na Folha de São Paulo um veículo de comunicação esquerdista (se estivessem se referindo à Caros Amigos, tudo bem.). É simplesmente hilário referir-se ao jornal como PT Folha.
Em apertada síntese: é provável que alguns institutos de pesquisa utilizem métodos de aferição que não abordem de forma fidedigna as intenções de voto (daí a chamada margem de erro) e, em alguns casos, as falhas costumam supreender o eleitorado e analistas políticos no momento da divulgação do resultado das urnas: foi o que ocorreu na Bahia, quando, durante toda a campanha eleitoral, Paulo Souto era apresentado como franco favorito.
Não há dúvida de que o chamado "voto útil" ou "estratégico" costuma ser atraído para o candidato apontado como favorito. Mas, no caso das eleições presidenciais, em que Lula figura com mais de 20% de vantagem, acho pouco crível um erro generalizado (de mais de 20 pontos percentuais, repita-se) dos institutos de pesquisa. Além disso, por que os veículos de comunicação que apontei alhures não se levantaram, até o momento, para questionar a metodologia empregada? Afinal, o posicionamento deles durante o último governo foi de oposição implacável - o que é legítimo em um regime democrático (embora seja ilegítimo e criminoso omitir informações que desagradem ao conselho editorial e aos patrocinadores, mas que beneficiem o poder estabelecido, no caso a Administração lulista).
Aliás, o comportamento dos principais veículos de comunicação, entre os quais a endividada Rede Globo (além de Época, Veja, Estado de São Paulo, etc.), vai no sentido exatamente oposto do que aponta Machado: há um apoio quase explicitado à candidatura do tucano. Basta dar uma olhada na cobertura jornalística dos escândalos de corrupção ocorridos na gestão Lula (mensalão, sangessugas, compra do dossiê, etc.), minimizando o envolvimento das forças políticas oposicionistas e negligenciando a participação da gestão passada em alguns deles ou em outros igualmente graves (FHC comprou votos para aprovar a emenda constitucional da reeleição; o valerioduto começou, em 1998, para financiar a candidatura de Eduardo Azeredo; cerca de 70% das ambulâncias superfaturadas foram repassadas, sob a batuta de Barjas Negri e José Serra à frente do Ministério da Saúde, tendo como beneficiários vários municípios do Estado de São Paulo, administrado por Geraldo Alckmin); insinuações (quase assertivas, embora embasadas no senso comum midiaticamente fabricado) de que o Presidente e seu Partido iriam entrar em colapso antes do fim do mandato (alguns meios de comunicação simplesmente entoaram o cântico da oposição de que Lula iria sangrar até a morte; Veja foi mais além, apoiando explicitamente a abertura de um processo de impeachment); comparações recorrentes entre os escândalos dos governos de Lula e de Collor (Veja já se referiu ao Presidente como Lulla - como o faz Machado no e-mail anexo); a divulgação, em conluio com o Delegado Edmilson Bruno (reconhecidamente guiado por razões eleitorais) das fotos do dinheiro para a compra do dossiê imediatamente antes das eleições (é bom recordar que Bruno o fez de forma ilegal; exigiu da imprensa, fora das dependências da Polícia Federal, que fosse divulgada a versão de que as fotos tinham sido roubadas e exigiu que seu conteúdo fosse exibido, no mesmo dia, no Jornal Nacional).
Outro reparo: a Confederação Nacional dos Transportes é responsável pela pesquisa divulgada pelo CNT/Sensus e nada tem a ver com o Vox Populli. Mais um: apenas os mais direitistas e conservadores enxergariam na Folha de São Paulo um veículo de comunicação esquerdista (se estivessem se referindo à Caros Amigos, tudo bem.). É simplesmente hilário referir-se ao jornal como PT Folha.
Em apertada síntese: é provável que alguns institutos de pesquisa utilizem métodos de aferição que não abordem de forma fidedigna as intenções de voto (daí a chamada margem de erro) e, em alguns casos, as falhas costumam supreender o eleitorado e analistas políticos no momento da divulgação do resultado das urnas: foi o que ocorreu na Bahia, quando, durante toda a campanha eleitoral, Paulo Souto era apresentado como franco favorito.
Não há dúvida de que o chamado "voto útil" ou "estratégico" costuma ser atraído para o candidato apontado como favorito. Mas, no caso das eleições presidenciais, em que Lula figura com mais de 20% de vantagem, acho pouco crível um erro generalizado (de mais de 20 pontos percentuais, repita-se) dos institutos de pesquisa. Além disso, por que os veículos de comunicação que apontei alhures não se levantaram, até o momento, para questionar a metodologia empregada? Afinal, o posicionamento deles durante o último governo foi de oposição implacável - o que é legítimo em um regime democrático (embora seja ilegítimo e criminoso omitir informações que desagradem ao conselho editorial e aos patrocinadores, mas que beneficiem o poder estabelecido, no caso a Administração lulista).
7 comentários:
Caro amigo,
(Aqui é a Santinha estagiária do blog da Santa e apavorada!!! Estou com problemas no blog. Não consigo publicar o post (está incompleto) não consigo atualizar; os comentários idem – o número não corresponde aos comentários publicados. Não sei se é problema com o suporte do blogger ou se é o novo modelo. A santa foi para uma praia (passar uns dias) volta amanhã à tarde. Antes de sair disse e com aquele humor, disse: “Se der alguma bronca no blog recorra aos universitários”) e aqui estou)). Preciso de ajuda. Se eu detonar o blog, além de perder o cargo de cover terei que mudar de País (o que não seria má idéia!!!).Um beijinho.
Passarim, passo no Parlemantando para desejar um bom final de semana e boas eleições.
Abraços, GR
amanhã saberemos quem manipulou quem
se der lula teremos 4 anos de intensa batalha
Caro Jarbas,
A respeito do e-mail atribuído ao Sr. Romero:
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Caro Antonio Carlos,
Você nem imagina a quantidade de e.mails que eu venho recebendo por causa disso. Eu não te nho dado conta de responder o mesmo a todas as pessoas, pois eu perdi a conta d as versões diferentes de e.mails atribuídos a mim, como se fossem "artigos" de minha autoria, cada uma dizendo uma coisa.
Na realidade, isso tudo é uma síntese do que está no site de jornalistas independentes: http://www.fazendomedia.com/globo40/globo40.htm
Em especial, os artigos: "O escândalo Proconsult" e "A Globo e o Ibope Fahrenheit"
O problema é que a criação na internet é livre. Não sou o primeiro e nem serei o último. Vários a utores já viram textos atribuídos a si mesmo cuja inventividade sequer passou pela cabeça do autor (Veríssimo, Jabor, etc) onde cada internauta escreve o que quer, à partir de artigos verdadeiros, que depois viram e.mails. Daí em diante, cada um que pega o e.mail, acrescenta o que quer, retira o que quer , faz co-autoria, e isso se espalha feito praga na internet.
O que eu escrevo,eu assino, está publicado em livros, em jornais, está pu blicado em sites (como o citado acima), todos de autoria conhecida, dos quais assum o inteira responsabilidade. Entretanto, não posso compactuar em ser autor d esse e.mail, embora muitas coisas ali contidas tenham sido tiradas de coisas que eu escrevi, no site indicado.
Portanto, se é a autoria qu e interessa... não sou o autor dos e.mails.
Um grande abraço
Roméro
Em tempo: O primeir o e.mail que eu recebi (e recebi vários) foi MUITO ANTES do primeiro turno, quando Lula ganharia no primeiro turno, segundo as pesquisas "oficiais", inclusive na pesquisa de boca de urna. E, por coincidência, as pesquisas estavam erradas e houve o segundo turno.
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SDS
O jogo só acaba quando termina. De qualquer forma, o que nos leva a espernear não é que o PT esteja roubando, se rouba no Brasil desde a descoberta, mas sim pel maneira primária, obscena e cínica como se rouba. Por muito menos impincharam Collor.
Querido amigo,
Acabei de chegar da praia , estou melhor da mão, só um tanto desanimada...
Obrigada por tudo.
Bjs
Viva Jarbas:
Agora só daqui a 4 anos.
Aguardo pela tua apreciação lá no Estados Gerais sobre a eleição presidencial.
Um abraço,
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