Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

18 outubro 2006

OPOSIÇÃO ACUSA LULA DE USAR MÁQUINA

Oposição acusa Lula de usar máquina e governistas comemoram pesquisa

Da FolhaNews, 18/10/2006, às 15h22ms - Aliado do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, o líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), avaliou nesta quarta-feira que o aumento da distância entre o tucano e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva --candidato do PT à reeleição--, revelado pela pesquisa Datafolha, deve-se a pouca audiência dos programas eleitorais no rádio e na televisão. O deputado aponta ainda para a estrutura da campanha do presidente Lula. "Acho que o número das pessoas que não estão acompanhando os programas eleitorais é desfavorável ao candidato Alckmin, que também tem uma estrutura de campanha muito menor do que o candidato Lula, que está usando a máquina pública de forma absurda, está mentindo muito, o que não é do feitio do Alckmin", afirmou, referindo-se ao discurso disseminado pela campanha petista de que, se eleito, Alckmin fará privatizações e promoverá demissão no setor público. Na análise do pefelista, o cenário será diferente quando o índice de 50% dos eleitores que não assistem aos programas eleitorais --captado por pesquisas internas -- ficar entre 25% e 20%. "Tenho certeza que teremos, quando o programa for mais assistido, o eleitor tomando sua decisão. No final da campanha, a disputa será muito apertada entre os dois candidatos", afirmou Maia. O deputado preferiu não expor críticas à condução da campanha de Alckmin e o que pode ser alterado para viabilizar o candidato. "Cabe ao coordenador da campanha tomar as posições cabíveis", justificou. Maia observou, no entanto, que o programa eleitoral de Alckmin na TV se mostrou eficiente no primeiro turno, indicando que uma mudança na campanha não passa por alterações na propaganda política. "O programa que levou o Alckmin numa situação muito boa para o segundo turno não pode ser um programa ruim, tem mais qualidades do que defeitos", disse. A reportagem apurou ainda que a oposição busca um discurso capaz de superar o da privatização. A avaliação é que o questionamento sobre a origem do R$ 1,7 milhão para a compra do dossiê antitucano já cansou o eleitorado e não deve surtir mais o efeito que teve no primeiro turno.
Aliados
Entre os aliados do presidente Lula, o resultado da pesquisa, que indica 20 pontos de vantagem do petista com relação a Alckmin, foi recebido com cautela. "A pesquisa é um retrato instantâneo, não pode substituir a campanha nem a livre movimentação dos eleitores. Já tivemos campanhas em que as pesquisas mostraram imensa vantagem para um candidato e, no final, o resultado foi diferente. Não podemos confiar nas pesquisas", disse o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que integra a articulação da campanha do presidente. O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), disse que a pesquisa revela consolidação da candidatura do presidente Lula e faz com que a oposição entre em desespero aumentando os ataques ao governo. "O ambiente está se consolidando e a oposição entra na fase de desespero final porque percebeu que o tipo de debate que está tentando fazer [sobre o dossiê] perdeu terreno, ao mesmo tempo em que admite que é favorável às privatizações", insistiu Fontana.
Tática
Os governistas se reuniram nesta quarta e decidiram não reagir a iniciativas da oposição de recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para pedir que acompanhem as investigações do dossiêgate. "Estamos tranqüilos porque o factóide da oposição não pode interferir no processo eleitoral", disse Fontana. Na próxima semana, os aliados de Lula no Congresso decidiram que, além da privatização, vão incorporar ao discurso cobranças sobre a proposta de corte de gastos de Alckmin. "Ele vai ter que dar conseqüência a isso. É muito importante que o povo saiba sobre o Estado mínimo que eles defendem", disse o líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).

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