A decisão crucial na economia
De Liliana Lavoratti no Jornal do Brasil, em 24 de outubro de 2006.
"As questões dos gastos públicos e do tamanho do Estado no Brasil - tangenciadas pelas privatizações - ocuparam a agenda do debate eleitoral. Embora os candidatos não explicitem, por trás dessa discussão está uma decisão crucial de política econômica. O crescimento só acontecerá com aumento dos investimentos públicos, corte de despesas, inclusive nos programas sociais como o Bolsa Família, ou com a queda mais acelerada da taxa de juros Selic. Ou pelas duas coisas juntas." Leia mais
Involução
Do economista Gustavo Ioschpe na Folha de S.Paulo, em 24 de outubro de 2006.
De Liliana Lavoratti no Jornal do Brasil, em 24 de outubro de 2006.
"As questões dos gastos públicos e do tamanho do Estado no Brasil - tangenciadas pelas privatizações - ocuparam a agenda do debate eleitoral. Embora os candidatos não explicitem, por trás dessa discussão está uma decisão crucial de política econômica. O crescimento só acontecerá com aumento dos investimentos públicos, corte de despesas, inclusive nos programas sociais como o Bolsa Família, ou com a queda mais acelerada da taxa de juros Selic. Ou pelas duas coisas juntas." Leia mais
Involução
Do economista Gustavo Ioschpe na Folha de S.Paulo, em 24 de outubro de 2006.
O ser humano em geral e as vítimas da historiografia marxista (os brasileiros) em particular temos a tendência a acreditar que estamos numa evolução constante e que o progresso é inevitável. Mas essa esperança não é comprovada pela experiência histórica. Acredito estarmos passando agora por um momento de involução. Que parece programada para continuar.
O viés ideológico que fundou e animou o PT deixou de ser aplicável no começo dos anos 90. Lula se deu conta em 2002, e propôs um programa que era a negação de suas idéias dos 20 anos anteriores. Aproximou-se do centro para poder ser eleito e governar. Porém, não conseguiu gerar um projeto alternativo de país para preencher o vácuo que se instalara."
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2 comentários:
quero ver Lula ( se eleito ) conseguir manter esse monstro de gastos que ele criou e se outro entrar quero ver se terá coragem de cortar drásticamente
ALKMIN E LULA OGRANDE DEBATE
A vantagem de Lula sobre Alckmin, no segundo turno, chegou a um ponto máximo: 61% a 39% dos votos válidos, informa o DataFolha. Muitas pessoas estão surpresas com esta diferença -- inclusive eleitores do PT -- mas não deveriam. A vantagem de Lula sobre Alckmin sempre foi imensa, em torno dos 20 pontos que aparecem agora, em todos os institutos.
Olhando para o Vox Populi, por exemplo, os últimos meses da campanha eleitoral foram assim: 52% a 32% em 6 de agosto; 54% a 32% em 1 de setembro; 53% a 34% em 15 de setembro. Em 30 de setembro, quando a denúncia do dossiê estava no auge, a diferença caiu para 49% a 42%. Quinze dias depois, Lula já voltava à vantagem anterior, com 57% a 37%.
Esses números mostram que Lula liderou a pesquisa de ponta a ponta e que jamais foi ameaçado. Se essa diferença diminuiu na votação do primeiro turno, Lula só não venceu a eleição naquela fase porque lhe faltaram 1,4% dos votos sobre o conjunto dos adversários. Mesmo assim, sua votação subiu em relação a 2002.
Essa vantagem sempre foi confirmada por pesquisas sobre a avaliação do governo. Lula é visto de forma positiva por mais de 40% do eleitorado -- a experiência ensina que uma gestão com esse patamar de aprovação tem 80% de chances de vencer uma reeleição. Pesquisas qualitativas, que apuraram as opções dos eleitores em grupos de discussão, apontaram para um quadro idêntico.
O que se vê, então, nas pesquisas da última semana da campanha, é a confirmação da principal tendência desta eleição, que sempre apontou para uma grande vantagem de Lula. Ninguém é obrigado a imaginar que a eleição está resolvida. O pleito é domingo. Mas o quadro é este há muito tempo
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