Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

31 julho 2012

NINGUEM ESTÁ ACIMA DA LEI, NEM O PROPRIO JUIZ.

O ministro Dias Toffoli não pode participar do julgamento do mensalão

Fonte: Blog de Ricardo Setti

Aproxima-se o começo do julgamento do mensalão – nesta quinta-feira – e está tudo pronto no Supremo Tribunal Federal: o ministro relator, Joaquim Barbosa, tem pronto seu relatório, o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, aprontou suas considerações, os demais ministros já estudaram o colossal processo de milhares de páginas e mais de 700 testemunhas ouvidas suficientemente para poderem expedir seu voto.
Só falta resolver uma questão importante: o ministro Dias Toffoli (foto abaixo) vai se declarar impedido de participar do julgamento?


Não é questão pequena, não, amigos, como sabem. O ministro foi assessor jurídico do PT – partido cuja direção à época dos fatos está metaforicamente no banco dos reus. E isso durante quinze anos! Foi também assessor na Casa Civil de um dos réus, José Dirceu, e sócio de um escritório de advocacia que defendeu três mensaleiros. Mais: sua própria companheira, a advogada Roberta Rangel, foi, ela própria, advogada de dois dos acusados.
Nem vou me deter no fato de que Toffoli também exerceu o cargo de advogado-geral da União no governo do chefe de Dirceu – o então presidente Lula – e que foi este que o designou para o Supremo, porque esses fatores, por si, não desqualificam um magistrado de um tribunal superior para atuar numa causa em que estão envolvidos ex-integrantes e ex-apoiadores do governo.
Mas, e o resto? Assessor do PT, assessor do “chefe da quadrilha” do mensalão (segundo o procurador-geral da República, José Dirceu), ex-sócio de um escritório de advocacia contratado por mensaleiros, companheiro de uma advogada que defendeu mensaleiros.
Leia a íntegra em O ministro Dias Toffoli não pode participar do julgamento do mensalão

23 julho 2012

MARCOS VALÉRIO E ROBERTO JEFERSON OS HOMENS BOMBAS

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/08/01/uma-viagem-pelo-escandalo-do-mensalao-458123.asp

Falta alguém no banco dos réus do mensalão

Marcos Valério, um dos cérebros do mensalão, voltou a ameaçar Lula, segundo a VEJA desta semana.
Em pânico com a possibilidade de vir a ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal, que começará a julgar no próximo dia dois os 38 réus do mensalão, Valério se disse disposto a contar que esteve com Lula várias vezes, o que Lula sempre negou.
Foi Paulo Okamoto, uma espécie de diligente tesoureiro informal da família Lula, que de novo dobrou Valério. Naturalmente, Okamoto nega que Valério tenha feito qualquer ameaça a Lula. Ou dito que antes do estouro do escândalo do mensalão estivera com ele na Granja do Torto, uma das residências oficiais do presidente da República.
"[Valério] queria me encontrar porque às vezes quer saber das coisas. Em geral, ele quer saber como está a política, preocupado com algumas coisas", justificou Okamoto. Foi claro? Adiante.


Coube também ao advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, outra peça importante da engrenagem do PT, agir para sossegar o espírito atribulado de Valério.
Ponham-se no lugar do ex-publicitário mineiro. Era rico, riquíssimo antes de se meter com o PT de Delúbio Soares, Genoino e José Dirceu. Tinha duas agências de propaganda. E inventara uma forma de lavar dinheiro por meio de bancos para engordar o caixa 2 de políticos às vésperas de eleições. Eduardo Azeredo, do PSDB, foi um deles.
Procurado para fazer pelo PT o que fizera por Azeredo, imaginou ter tirado a sorte grande.O governo Lula estava nos seus meses iniciais. E a turma à frente do partido em busca do tempo perdido.
De repente, todas as portas se abriram para Valério. E ele passou a "fartar os olhos" admirando o dinheiro que entupia as suas burras.
Teria dado certo - não fosse o tresloucado gesto de Roberto Jefferson, presidente do PTB, que por pouco não pôs o governo a pique.
Em um sábado de junho de 2005, depois de tomar uns goles a mais na Granja do Torto, Lula falou em renunciar ao mandato. Ficara sabendo que Valério admitira envolvê-lo no escândalo.
José Dirceu, então chefe da Casa Civil da presidência da República, foi chamado às pressas em São Paulo. Escalado para dar um jeito em Valério, deu sem fazer barulho.
Naquele dia postei em meu blog que Lula falara em renúncia - embora eu não soubesse por que. Nunca recebi tantos desmentidos de porta-vozes e amigos do governo.
Ainda no segundo semestre de 2006, Valério voltou a atacar. Procurou um político de forte prestígio junto a Lula. Queixou-se de estar quebrado. Acumulava dívidas sem poder honrá-las. Seus bens haviam sido bloqueados. Caso não fosse socorrido, daria um tiro na cabeça ou faria com a Justiça um acordo de delação premiada.
O político pediu uma audiência a Lula. Recebido no gabinete presidencial do terceiro andar do Palácio do Planalto, o político reproduziu para Lula o que ouvira de Valério.
Em silêncio, Lula virou-se para uma das janelas do gabinete que lhe permitia observar parte do intenso movimento nas vizinhanças do palácio.
Então perguntou ao visitante: "Você falou sobre isso com Okamoto?" O visitante respondeu que não. E Lula mais não disse e nem lhe foi perguntado. Seria desnecessário.
O diligente Okamoto, aquele que pouco antes pagara do próprio bolso cerca de R$ 30 mil devidos por Lula ao PT, apascentou Valério.
Falta alguém em Nuremberg!
Quero dizer: falta alguém na denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República sobre a "organização criminosa" que tentou se apossar do aparelho do Estado.
Desviou-se dinheiro público - e não foi pouco. Pagou-se para que deputados votassem como queria o governo. Comprou-se o apoio de partidos.
Nada será capaz de reparar o mal produzido pelos que chegaram ao poder travestidos de legítimos hierarcas da decência - falsos hierarcas como se revelariam mais tarde.
Mas se a Justiça só enxergar inocentes entre eles, isso significará que também foram bem-sucedidos na tarefa de trucidar a esperança.
Fonte: Blog do Nablat.

22 julho 2012

PRESIDENTA QUE NÃO PRESTIGIA SEU ESTADO

Operação Beagá' é aposta pessoal de Dilma


Agência Estado
 
Publicação: 22/07/2012 12:19 Atualização: 22/07/2012 15:33

Depois de promover, em 48 horas, a articulação política que resultou no lançamento da candidatura de Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte, a presidente Dilma Rousseff prepara agora a "operação Beagá". A estratégia consiste em carimbar Patrus, que foi ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Lula, como "pai do Bolsa Família", um dos programas mais bem avaliados da administração petista.

Na briga com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador de Minas e seu provável adversário na disputa presidencial de 2014, a também mineira Dilma, nascida em Belo Horizonte, não poupará esforços para eleger Patrus. Aécio apoia o atual prefeito, Marcio Lacerda (PSB), candidato à reeleição, e é o principal responsável pela implosão da aliança local entre o PT e o PSB.

Para não atiçar ainda mais a conflagrada base de sustentação do governo no Congresso, Dilma proibiu ministros de se envolverem em campanhas, nesse momento, mesmo fora do expediente. Há nove dias, por exemplo, ela mandou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, retornar de Fortaleza. Ideli estava na capital cearense para a inauguração do comitê do candidato petista à Prefeitura, Elmano Freitas, que enfrenta o PSB do governador Cid Gomes. Dilma quis evitar confusão.

 
A presidente também assegurou a dirigentes do PSB, do PMDB e do PDT que sua participação nas eleições municipais será econômica, restringindo-se a gravações para programas de TV. Apesar da promessa, ela abrirá exceções nessa cartilha.

Xodó

Diante dos personagens envolvidos no contencioso mineiro, "Beagá" tornou-se o xodó de Dilma. É lá sua terra natal, o reduto de Aécio, o segundo maior celeiro de votos do País depois de São Paulo e o polo irradiador de sua articulação para o projeto de 2014. Além disso, se o PT reconquistar Belo Horizonte o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento), amigo da presidente, ganha força para lançar a candidatura ao governo de Minas, daqui a dois anos.

Em São Paulo, na luta contra o PSDB, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o principal cabo eleitoral do candidato do PT à Prefeitura, Fernando Haddad, que enfrentará o ex-governador tucano José Serra.

É certo que Dilma emprestará a Haddad, ex-ministro da Educação, apoio muito maior do que mensagens gravadas para a propaganda na TV. Mesmo assim, como não quer atrito com o PMDB do vice-presidente Michel Temer - padrinho da candidatura de Gabriel Chalita -, ela ainda avalia a melhor forma de entrar na cena paulistana.

A situação é diferente em Belo Horizonte. Com o PMDB a seu lado, Dilma já chamou o marqueteiro João Santana - o mesmo de Haddad - para ajudar Patrus.

Em conversas reservadas, Aécio disse ter ficado "muito surpreso" com o empenho da presidente para transformar Patrus em candidato de última hora. Na operação, Dilma conseguiu o aval do PMDB e desfez a parceria do PSD do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, com Lacerda.

"Eu preciso fazer um agrado a Dilma", admitiu Kassab, quando patrocinou a intervenção no PSD de Belo Horizonte, obrigando o novo partido a apoiar Patrus. Houve racha e a pendenga ainda está na Justiça.

"Dilma é uma ótima mineira mesmo. Pensa tanto em Minas que só leva gaúcho para o governo", ironiza Aécio. "O senador pode ficar tranquilo porque não vamos colocá-lo no ringue agora", devolve o presidente do PT de Minas, Reginaldo Lopes.

Aos 60 anos, ex-prefeito de Belo Horizonte (1993 a 1996) e ex-ministro do Desenvolvimento Social, o advogado Patrus é o típico mineiro que trabalha em silêncio. No governo Lula foi o responsável pelo Bolsa Família, mas não integrou a equipe de Dilma. Nos bastidores do Planalto, o comentário é que a presidente não quis levar a desavença entre ele e Pimentel para a Esplanada.

Foi Pimentel quem sugeriu a união entre o PT, o PSB de Lacerda e o PSDB de Aécio, em 2008. Patrus foi contra e perdeu. Em 2010, sofreu nova derrota para Pimentel e, a pedido de Dilma, aceitou ser vice na chapa de Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas. Perdeu. "Não tenho olhos cobiçosos", diz Patrus, que vai associar sua imagem à de Dilma e Lula. "Nossa ideia é evidenciar a importância da capital mineira no cenário nacional."

Na calçada

Antes de assinar o divórcio com o PT e comprar briga com a direção do PSB, comandada pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, Lacerda convidou Pimentel, os deputados petistas Reginaldo Lopes e Miguel Corrêa e o presidente do PSB de Minas, Walfrido dos Mares Guia, para uma conversa em seu apartamento.

Era o dia 30 de junho e, ao chegar à esquina do prédio, o prefeito mudou de ideia. "Vamos falar aqui mesmo", afirmou. "Mas na calçada?", retrucou Lopes. O grupo seguiu, então, para o Armazém Medeiros. No mezanino do bar, todos ouviram, perplexos, o desabafo de Lacerda, que admitiu a pressão de Aécio para o rompimento. "Eu não aguento mais essa briga entre o PT e o PSDB" confidenciou. "Vou fazer a escolha de Sofia." E assim fez

21 julho 2012

LULA CORRE RISCO DE SER ABRAÇADO PELO AFOGADO

'Se politizarem julgamento, Lula pagará a conta', diz Jefferson

Por Christiane Samarco, Estadão.com.br

Antes mesmo de o Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento do mensalão, o ex-deputado Roberto Jefferson mostra que está disposto a arrastar com ele, ao banco dos réus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito presidente nacional do PTB pela quarta vez consecutiva, Jefferson diz que foi "um grande equívoco" deixar Lula fora do processo e ameaça: "Se tentarem politizar esse julgamento, Lula vai pagar a conta. Vou à tribuna do Supremo".
O que deixou o autor da denúncia do mensalão furioso esta semana foi a informação de que os advogados do ex-ministro José Dirceu, apontado por Jefferson como "o chefe da quadrilha", referem-se a ele como "pessoa de abalada credibilidade" no memorial de defesa entregue ao STF. Tudo para desacreditar aquele que, segundo a defesa de Dirceu, teria criado o termo "mensalão".

19 julho 2012

DIRCEU TAMBÉM NÃO SABIA DE NADA ! ?

José Dirceu alega inocência total no mensalão


Por Helena Mader  para o Correio Braziliense
 
Publicação: 19/07/2012 06:00 Atualização: 19/07/2012 06:41


Acusado de ser o “chefe da quadrilha” que arquitetou a distribuição de dinheiro a políticos e partidos, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu saiu ontem de férias, a 15 dias do início do julgamento do mensalão, o mais importante da seara política nos últimos anos, no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto isso, a defesa afina o discurso para tentar livrá-lo da acusação de corrupção ativa. Os advogados do ex-ministro entregaram aos ministros do STF um memorial de 30 páginas, a que o Estado de Minas teve acesso com exclusividade, que resume os argumentos em favor de Dirceu – alguns similiares aos das defesas de outros réus.

No documento, os defensores dizem que não há provas de que ele beneficiava o banco BMG, influenciava a indicação de cargos no governo, tinha poder no PT ou mantinha vínculos com o publicitário Marcos Valério. O relatório afirma ainda que o braço direito do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria “papel meramente burocrático” à frente da Casa Civil. O advogado do réu, José Luís Oliveira Lima, explica que o memorial é um resumo das alegações finais entregues ao Supremo em setembro do ano passado. “Apenas reafirmamos a ausência total de provas e a falta de comprovação de que existiria uma quadrilha”, afirma o advogado. Além das argumentações técnicas, o memorial traz pesadas críticas à atuação do Ministério Público e da imprensa e diz que a mídia vai protestar “contra qualquer decisão que não seja condenatória”.

Os advogados de Dirceu afirmam que o termo mensalão foi criado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, também réu na ação penal, uma pessoa “de abalada credibilidade” e que teria atraído atenção para o caso por estar no alvo de outras denúncias de corrupção. “A acusação de compra de votos é sustentada por um único e frágil pilar: Roberto Jefferson”, diz o texto do memorial. “Ele estava no foco de graves acusações relacionadas com a gravação de Maurício Marinho recebendo dinheiro nos Correios. Foi esse contexto que o levou a buscar o palanque da mídia e a inventar que parlamentares vendiam votos por uma mesada de R$ 30 mil”, afirmam os defensores.

Ao contrário do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que negou a existência do mensalão, mas assumiu ter participado de um esquema de arrecadação de caixa dois para campanhas eleitorais, José Dirceu se declara inocente de todas as acusações. A procuradoria afirma que o ex-ministro tinha ingerência sobre as ações dos dirigentes do PT, o que é rechaçado pela defesa.

Delúbio já declarou ter agido sem qualquer influência do antigo ministro, e os advogados de Dirceu corroboram com a tese de que o ex-tesoureiro tinha independência para atuar sozinho. “Até mesmo integrantes do diretório e da Executiva do PT desconheciam os empréstimos junto ao BMG, ao Banco Rural e às empresas de Marcos Valério”, diz trecho do documento distribuído aos ministros do Supremo. Sobre as denúncias de que seria um dos nomes com mais forte influência sobre os destinos do PT, a defesa acredita que ficou “provado que presidente do PT, de direito e de fato, era mesmo o réu José Genoíno, uma pessoa de total autonomia de mando”.

O Ministério Público Federal pediu a condenação de 36 dos 38 réus do mensalão. As mais fortes e incisivas acusações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, são contra o ex-ministro da Casa Civil. A análise do caso começa em 2 de agosto.

16 julho 2012

O FUNDO DO POÇO TEM PORÃO

WASHINGTON — O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu de 3,1% para 2,5% a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2012, segundo a atualização do relatório “Projeções para a Economia Mundial” que o organismo divulga na manhã desta segunda-feira. O corte foi um dos mais amplos entre as principais economias analisadas. A previsão para a Índia sofreu a maior revisão, de 6,8% para 6,1%. Na mesma magnitude que o Brasil aparece o Reino Unido, cuja expectativa de crescimento foi reduzida de 0,8% para 0,2%. No entanto, o Fundo elevou de 4,1% para 4,6% a expectativa de alta do PIB brasileiro em 2013, como reflexo das medidas de estímulo que estão sendo tomadas.

06 julho 2012

DITADURA PARTIDÁRIA PELO TEMPO DE TV

O vício das alianças políticas mal feitas, por Merval Pereira

Por Merval Pereira, para O Globo

A montagem das alianças políticas para a eleição municipal está explicitando os piores defeitos do sistema partidário brasileiro, a começar pela troca de minutos de propaganda eleitoral por apoios pontuais, com a truculência das direções nacionais impondo decisões aos órgãos municipais, sem respeitar interesses locais nem eventuais programas de governo.
Em Belo Horizonte, onde o PT e o PSDB disputarão uma eleição separados depois de uma aliança vitoriosa que elegeu Marcio Lacerda, do PSB, prefeito da capital mineira, cada partido acusa o outro de ter rompido a aliança querendo nacionalizar a disputa.
Da parte do governo, a própria presidente Dilma Rousseff entrou no jogo para levar o PMDB e o PSD a apoiar a candidatura do petista Patrus Ananias.
Do lado do PSDB, o senador Aécio Neves manobrou para separar o PSB do PT, aproveitando a maneira insaciável que os petistas têm para fazer alianças.
O PT já tem a grande maioria dos cargos da prefeitura, há quem diga que ocupa 70% dos cargos públicos, e queria fazer uma chapa única de vereadores para se aproveitar da força do PSB e do PSDB locais.
O PMDB, instado por Dilma e louco para demonstrar sua lealdade governista, abriu mão da candidatura própria, dizem que em troca de mais um ministério para a base mineira do partido, o que incluiria o ex-governador Newton Cardoso e o ex-candidato Hélio Costa.
É provável que haja dissidências internas, assim como aconteceu no PSD mineiro, que rejeitou a intervenção no diretório municipal e fez uma ata apoiando a candidatura de Marcio Lacerda, o que certamente levará a uma disputa judicial.
Mesmo rompido com a atual administração, é pouco provável que os muitos servidores ligados ao PT deixem em bloco seus lugares no governo de Belo Horizonte, pois esta é outra característica dos acordos partidários: a inércia faz com que, mesmo depois de um rompimento, muitos dos “dissidentes” continuem nos cargos, pelo menos por algum tempo.
O PCdoB votou para ficar com a candidatura de Marcio Lacerda, mas houve uma intervenção nacional, e o partido apoiará o candidato petista, juntamente com o PMDB, mas ambos os partidos com constrangimentos evidentes, submetidos a uma intervenção.
Em São Paulo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, garantiu o PSB para apoiar o candidato de Lula, mas teve que fazer uma intervenção branca, pois a maioria queria apoiar a candidatura do tucano Serra.
Mas, seguindo a tradição, todos continuam no governo do tucano Geraldo Alckmin, mesmo tendo aderido ao petista Fernando Haddad: Maluf continua com seus cargos; o PSB continua; PCdoB continua; Paulinho da Força lançou-se candidato pelo PDT, mas está no governo; Soninha Francine é candidata do PPS à prefeitura, mas continua no governo estadual do PSDB.
E vamos ter nestas eleições imagens que certamente, se não confundirão, pelo menos divertirão os eleitores: o PSDB mineiro já começou a selecionar cenas recentes em que a presidente Dilma elogia Marcio Lacerda em uma inauguração, chamando-o de o melhor prefeito do Brasil.
No Rio de Janeiro, em pleno julgamento do mensalão, veremos imagens do atual prefeito carioca, Eduardo Paes, quando era secretário-geral do PSDB, em atividade na CPI do Mensalão, criticando até mesmo os filhos do ex-presidente Lula, de quem hoje é aliado.
E o então deputado Gustavo Fruet, também no PSDB, será mostrado, em Curitiba, na CPI do Mensalão criticando o PT e o governo do qual agora é aliado, como candidato do PDT à prefeitura, com o apoio do PT.
A decisão do Supremo em relação ao PSD pode estimular a deslealdade, com criação de novos partidos, mas era inevitável que o candidato carregasse o tempo. O problema é que se criou um mercado eleitoral onde tudo é comprado, e tudo é vendido.
A divisão do tempo proporcional na propaganda eleitoral para rádio e televisão virou um cartório, como tudo na política brasileira vira cartório.
A verba de partido, que o PSD também ganhou, é manipulada pela direção nacional de todos os partidos, torna-se um instrumento de perpetuação de poder.
O horário eleitoral foi criado com a intenção de democratizar o acesso dos candidatos ao eleitorado, nenhum cérebro maligno montou aquilo em que acabou se transformando.
Virou uma mercadoria cara que vulgarizou a política. A parte mais cara de qualquer campanha eleitoral é a da televisão, o que inflaciona seus preços.
Os marqueteiros, as agências de publicidade têm um mercado valiosíssimo, e não é um mercado concorrencial, não há mais que meia dúzia de especialistas.
Monta-se uma estrutura caríssima para funcionar apenas durante o curto período da campanha eleitoral de rádio e televisão.
No julgamento do TSE que decidiu dar o tempo e o fundo partidário para o PSD de acordo com a bancada que conseguiu reunir na sua fundação, os ministros Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello propuseram que o tempo fosse dividido igualmente entre todos os candidatos.
Mas essa é uma solução que, embora pareça justa, não dá para ser adotada por causa dos partidos nanicos. Em São Paulo, por exemplo, concorrem 12 candidatos, e por isso não é possível fazer debate no primeiro turno.
Os nanicos “venderiam” seu tempo por muito mais do que “vendem” hoje se tivessem a mesma exposição que os maiores partidos.
A questão é não deixar esses nanicos entrarem na divisão do tempo de propaganda, com a aprovação de cláusulas de barreira. Essa divisão de tempo, que se reflete em acordos políticos espúrios e num estímulo à infidelidade partidária, é um dos grandes obstáculos para a consolidação da democracia e o aperfeiçoamento do processo eleitoral no Brasil.

03 julho 2012

Bode expiatório do PT


 
Estou um pouco incrédulo esses dias. Confio no STF, mas nossas leis têm brechas que, mal comparando, até dinossauros passam por elas. Neste momento lembro o Silvio Land Rover Resende que foi premiado com uma pena de serviços comunitários que já cumpriu.
 Agora vem o Delubio Soares e dizem que vai assumir toda culpa pelo crime de caixa dois. E os crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha, desvio de dinheiro público. Como ficam ?
Todo malfeito a frente da administração pública é grave, mas desvio de dinheiro público - da saúde, da educação, da segurança publica, dos transportes, em fim de qualquer seguimento leva o cidadão comum a morte por falta de saúde, falta de oportunidade por falta de formação educacional, de novo a morte e o pior a intranqüilidade por falta de segurança e ao sofrimento por falta de mobilidade, etc, etc.
Se prevalecer penas leves, o STF poderá institucionalizar que o crime compensa ou na menor das hipóteses que os fins justificam os meios. Que Deus ilumine nossos magistrados.

PT VAI DE MAL A PIOR OU DE PARTIDO A RACHADO

O PSB esta sendo preparado para abandonar a base do Governo Dilma. Possivelmente atraves de Ciro Gomes que pode vir a ser o vice de Aécio Neves. Ciro Gomes esta muito calado, muito mineiro, desde 2008 quando indicou Marcio Lacerda, à época um ilustre desconhecido para a Prefeitura de Belo Horizonte. 
Aécio Neves e Eduardo Campos numa frente e na outra Ciro Gomes e Fernando Pimentel estão trabalhando para 2014. Quem tiver melhor desempenho municipal, terá mais força e poder de influenciar a sucessão presidencial. 
Apesar o aparente bom desempenho de Dilma a base eleitoral do Governo Federal está cada dia mais esfacelada, digo desintegrada, por que esfacelada ela sempre foi. 
Numa analise superficial o PT vai mal em São Paulo, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte isso só pelo vemos pela imprensa.

PSB abandona aliança com PT em quatro capitais

Por Gustavo Uribe e Sérgio Roxo, para O Globo

Apesar dos sorrisos nas fotografias do encontro da semana passada entre o ex-presidente Lula e o presidente do PSB, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, o PSB vai mesmo reduzir nas eleições municipais o apoio a candidatos do PT nas capitais. Os socialistas vão se aliar a candidaturas petistas em apenas cinco cidades. Tinham sido nove alianças na disputa anterior, em 2008.
Com a estratégia de deixar de ser um ator coadjuvante, o PSB aumentará em 57% o número de candidaturas próprias, passando de sete para 11. O PT, por sua vez, vai diminuir o total de candidatos próprios nas capitais do país: de 19, em 2008, para 17, em 2012 . Os partidos têm até quinta-feira para registrar candidaturas e o quadro pode mudar.

Leia mais em De olho em 2014, PSB abandona aliança com PT em quatro capitais

01 julho 2012

DIVIDENDOS EM FAVOR DO CIDADÃO

A Petrobras tem que parar de vender gasolina falsificada com a mistura de alcool. Vendendo a gasolina pura, vai sobrar alcool e sobrando ele baixa de preço. Os usineiros estão na sombra da Petrobras que compra alcool caro para falcificar a gasolina. No mais eles - usineiros - querem mesmo é fabricar açucar que tem maior preço no mercado. Basta sobretaxar a exportação de açucar e vender gasolina pura que o alcool vai baixar de preço.
E tem mais. A Dilma está usando o Banco do Brasil e Caixa para reduzir os juros. Por que não usar a rede de postos da BR para controlar os preços dos combustiveis.
Somos ou não somos autosuficientes em combustíveis. ? ! Para ajudar nessa solução, o cidadão consciente tem que deixar de abastecer em postos da rede BR. Se o Petroleo é nosso, nos é que colocamos o preço.