Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

24 agosto 2006

POBREZA NÃO É SÓ FALTA DE RENDA

Para Michael Marmot, diretor da Comissão sobre Determinantes Sociais da Saúde da OMS, durante o 8˚ Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva e do 11˚ Congresso Mundial de Saúde Pública, falou sobre “Ação Global e Determinantes Sociais da Saúde”. Segundo Marmot "a pobreza não deve ser pensada apenas como uma questão de falta de renda". Em estudos, verificou que duas grandes causas de mortalidade entre adultos de 15 a 60 anos são as doenças não transmissíveis e causas externas (homicídios, por exemplo). Marmot também relacionou expectativa de vida e PIB. Segundo ele, um PIB alto não garante maior expectativa de vida. Como exemplo, apresentou estudos mostrando que a expectativa de vida nos Estados Unidos é de 77 anos para um PIB de US$ 35.750 per capita, enquanto em Cuba a expectativa é de 76.7 anos para um PIB de US$ 5.259 per capita. Usando ainda os Estados Unidos como referência, Marmot destacou que dentro do país a expectativa de vida muda em quase 20 anos. Em Washington, capital norte-americana, um negro, pobre, morador do subúrbio, vive, em média, 57 anos, contra 76.7 de um branco, rico e que vive em bairro nobre. "Racismo, discriminação e educação diferenciada são fatores que influenciam a vida das pessoas, embora para nós, da Comissão da OMS, as causas e soluções para essas diferenças não sejam tão óbvias assim", disse Marmot, explicando que o papel da Comissão é justamente identificar causas comuns para entender os problemas da população de cada país.Empoderamento e qualidade de vida foram destacados por Marmot como caminhos para maior expectativa de vida. O epidemiologista inglês também falou sobre a criação da Comissão da OMS, em março de 2005, e encerrou sua conferêncìa lembrando o discurso “Eu tenho um sonho”, de Martin Luther King: “Temos que ter um sonho, mas precisamos de um plano de ação. Podemos sonhar um plano, mas não podemos planejar um sonho”, concluiu.

8 comentários:

Kafé Roceiro disse...

Pura verdade! Gostei muito...

Anônimo disse...

De fato, o texto é bastante elucidativo. Todos os seus argumentos correspondem à realidade do nosso país: doenças, criminalidade, racismo, discriminação social, educação diferenciada.

Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. disse...

Nick,
Se vc fizer um quadro comparativo veras que o Alckmin está levando a melhor em simpatia e colaboração do setor produtivo. Se tiver, segundo turno, um dos motivos de uma possível derrota de Lula pode ser a falta de dinheiro. A Denúncia do mensalão atrapalhou e entimidou os colaboradores. Abs Jarbas

Anônimo disse...

Não duvido, Passarim. O empresariado é com o Alckmin. E dinheiro é sempre importante para animar uma campanha. O Chuchumbo que o diga.
Abraço

Anônimo disse...

Se tiver cuidado , nao beber todas, nao fumar todas e nao se esbaldar todas a gente vive o que manda o cromossomo.

Anônimo disse...

Jarbas, boa noite.

Votar no Lula também é sinal de pobreza....de espírito.

beijo

Anônimo disse...

Já se foram 20 anos desde quando ouvi de um advogado o argumento de que não se pode aumentar o salário mínimo porque o povo não tem qualificação, o que me soou sensato, mas na época os postos de gasolina não contratavam bacharéis em direito, e creio que os frentistas não ganham honorários dignos.

Anônimo disse...

Magui,
A vida nos dá tantas possilidades. Mas.... Cromo-ssomos limitados!