Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

Minha foto
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

20 agosto 2006

PARTICIPAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E O MDLN

ALGUNS "PRINCIPIOS" DA PARTICIPAÇÃO

Do livro “O que é Participação” de Juan E. Diaz Bordenave

A guisa de sinteticamente informar a todos os interessados em colaborar em seus diversos aspectos da mobilização do MDLN, gostaria de propor algumas afirmações que, sem pretensão dogmática alguma, considero básicas para orientar este importante processo social. Evidentemente, outras pessoas podem encontrar outros "princípios", já que um processo amplo e multifacetado como a participação não cabe em estreitas simplificações.

1. A participação é uma necessidade humana e, por conseguinte, constitui um direito das pessoas.

O ser humano possui certas necessidades óbvias, como o alimento, o sono e a saúde. Mas também possui necessidades não-óbvias, como o pensamento reflexivo, a autovaloração, a autoexpressão e a participação, que compreende as anteriores. Privar os homens de satisfazerem estas necessidades eqüivale a mutilar o desenvolvimento harmônico de sua personalidade integral.

2. A participação justifica-se por si mesma, não por seus resultados.

Sendo uma necessidade e um direito, a participação não consiste apenas numa opção metodológica para cumprir mais eficientemente certos objetivos; ela deve ser promovida ainda quando dela resulte a rejeição dos objetivos estabelecidos pelo promotor ou uma perda da eficiência operativa.

3. A participação é um processo de desenvolvimento da consciência crítica e de aquisição de poder.

Quando se promove a participação deve-se aceitar o fato de que ela transformará as pessoas, antes passivas e conformistas, em pessoas ativas e críticas. Além disso, deve-se antecipar que ela ocasionará uma descentralização e distribuição do poder, antes concentrado numa autoridade ou num grupo pequeno. Se não se está disposto a dividir o poder, é melhor não iniciar em movimento de participação.

4. A participação leva à apropriação do desenvolvimento pelo povo.

Toda vez que o povo participa do planejamento e execução de uma atividade ou processo, ele se sente proprietário do mesmo e co-responsável de seu sucesso ou fracasso. Um projeto participativo não se acaba quando se retiram as fontes externas de assistência, pois as pessoas o consideram "seu".

5. A participação é algo que se aprende e aperfeiçoa.

Ninguém nasce sabendo participar, mas, como se trata de uma necessidade natural, a habilidade de participar cresce rapidamente quando existem oportunidades de praticá-la. Com a prática e a autocrítica, a participação vai se aperfeiçoando, passando de uma etapa inicial mais diretiva a uma etapa superior de maior flexibilidade e autocontrole até culminar na autogestão.

6. A participação pode ser provocada e organizada, sem que isto signifique necessariamente manipulação.
Em grupos sociais não acostumados à participação, pode ser necessário induzi-los à mesma. É claro que, ao fazê-lo, pode haver ocasionalmente intenções manipulatórias, mas também pode haver um honesto desejo de ajudar a iniciar um processo que vai continuar de maneira cada vez mais autônoma.

7. A participação é facilitada com a organização, e a criação de fluxos de comunicação.

Por consistir numa tarefa coletiva, a participação se torna mais eficiente com a distribuição de funções e a coordenação dos esforços individuais, o que demanda organização. Além disto, ao consistir na colocação em comum de talentos, experiências, conhecimentos, interesses e recursos, a participação requer meios de expressão e troca. Exige também que as pessoas aprendam a se comunicar, quer dizer, a usar bem diversos meios de comunicação e métodos de discussão e debate que sejam produtivos e democráticos.

8. Devem ser respeitadas as diferenças individuais na forma de participar.

Nem todas as pessoas participam da mesma maneira. Há pessoas tímidas e outras extrovertidas, umas agregárias e outras que gostam de certa solidão, umas que são Líderes e outras que gostam de segui-los. O sucesso da participação descansa em parte no aproveitamento da diversidade de "carismas", sem exigir comportamentos uniformes e pouco naturais das pessoas.

9. A participação pode resolver conflitos mas também pode gerá-los.

É um erro esperar que a participação traga necessariamente a paz e a ausência de conflitos. O que ela traz é uma maneira mais evoluída e civilizada de resolvê-los. A participação tem inimigos externos e internos: em nossa sociedade classista e hierárquica nem sempre se aceita o debate com "inferiores" na escala social ou de autoridade. Dentro do próprio grupo haverá pessoas que, mesmo admitindo que todos são iguais, consideram-se "mais iguais" que os demais.

10. Não se deve "sacralizar" a participação: ela não é panacéia nem é indispensável em todas as ocasiões.
O fato de um grupo ter adotado um enfoque participatório não quer dizer que todo o mundo deve participar em tudo, todo o tempo. Isto poderia acarretar ineficiência e anarquia. É claro que é o próprio grupo que deve decidir, participativamente, quando tais ou quais membros devem participar ou não, em qual atividade, e quais assuntos devem ser objeto de consulta geral ou somente objeto de decisão por um grupo delegado.
A participação não eqüivale a uma assembléia permanente, nem pode prescindir de utilizar mecanismos de representação. A participação é compatível com o funcionamento de uma autoridade escolhida democraticamente. "A participação deve e pode ser um instrumento de reforço dos canais democráticos de representação e não a eterna devolução ao povo dos problemas da própria comunidade." Deste modo, com a demarcação rigorosa dos canais de participação, a autoridade pública cumpre o seu papel e assume suas responsabilidades de governar com o mandato que recebeu das urnas.
Todos estes "princípios" devem ser lidos e entendidos dentro do processo geral, histórico, de construção de uma sociedade democrática participativa, na qual, graças à propriedade comunitária dos meios de produção, todos os membros da sociedade tenham parte na gestão e controle dos processos produtivos e tenham parte eqüitativa no usufruto dos benefícios conseguidos com seu trabalho e seu esforço.
MOVIMENTO DIGITAL DE LIBERTAÇÃO NACIONAL

4 comentários:

Ricardo Rayol disse...

O problema é participar nas sugestões, no rachuncho e não ter os beneficios de volta. Participação sem politcos sim.

Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos - Pós Graduado em GSSS - Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. disse...

Rayol,

Os benefícios são o reforço dos canais democráticos de representação e não a devolução ao povo dos problemas. Temos representação legislativa e executivos que devem atuar dentro dos princípios legais, caso contrário estaremos atentos. O MDLN é apolítico e suprapartidário, ideologicamente não personalizado à esquerda, ao centro ou à direita, mas poderá conviver no contraditório, com conservadores, liberais e progressistas e até xiitas abertos à discussão, ao dialogo, este último não sei se existe. Abs. Jarbas

Guilherme Roesler disse...

Jarbas, desculpe por não ter feito comentários no seu blog. Voce escreve tanto que não acompanho a publicação dos posts. Eu vou tentar fazer um link para o MDLN, mas o do Mostardinha me pareceu bem interessante. No mais, Abração, Guilherme.

Anônimo disse...

O Partido dos Trabalhadores chegou ao Palácio do Planalto por meio do vale tudo e pretende permanecer mediante igual ação. Da aliança com a base mensaleira (PP, PTB, PL e defectivos corruptos), a passar pelo uso do orçamento nacional para pagamento de propina sanguessuga, até a associação com o crime organizado (traficantes e seqüestradores), o partido mostra a cara (de pau) e a coragem (delinqüente).

José Dirceu

Afastado do governo e declarado envolvido nos esquemas de corrupção no governo pelo próprio Lula em entrevista ao Jornal Nacional, José Dirceu é a inteligentia criminis do PT. Foi o mentor das alianças com a burguesia partidária corrupta no Congresso Nacional; organizou no Palácio do Planalto a distribuição de cargos e salários para o aparelhamento petista no Estado brasileiro; estabeleceu as fontes de assalto ao Erário; arquitetou o intercâmbio internacional com os parceiros históricos e emergentes; comandou as operações abafa para investigação de assassinatos, seqüestros, instalação de CPI´s. Não se afastou dessas operações após a demissão no governo. Ao contrário, sua ousadia recrudesceu alimentada pelo sentimento de vingança que sempre o nutriu. Tudo é feito com conhecimento e anuência de seu camarada Luiz Inácio da Silva Lula.

José Genoino, Silvio Pereira, Delúbio Soares, Duda Mendonça, Klinger, Waldomiro Diniz, Mirian Aparecida Belchior, Ricardo Faraht Schuman, entre outros, cumprem ordens e seguem o código mafioso do silêncio sobre a autoria dos crimes petistas, sob o comando de José Dirceu e Lula. Para quem não sabe, Maria Aparecida Belchior é a ex-mulher de Celso Daniel prefeito assassinado de Santo André. Ela foi nomeada por Dirceu como Sub-chefe de Articulação e Monitoramento do Gabinete da Presidência da República. Faz parte do diretório nacional do PT. É membro do Conselho de Administração da Eletrobrás S/A, e vota nas decisões sobre investimentos da PREVI (Caixa de Previdência do Banco do Brasil) no Opportunity, Brasil Telecom e outras. Mirian Aparecida Belchior responde a processo (Nº
822.612.3/0-01 – TJ-SP), ao lado de Luiz Antonio Poletto e Ricardo Schuman (aquele que providenciou a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo, a mando do Matoso e Palocci), por fraude em licitação em Santo André - SP, onde também foi Secretária de Inclusão Social e Habitacional. Alías, Schuman também atuou na área de habitação como presidente da COHAB paulistana no governo Marta Suplicy (PT).

PT e o crime organizado

Por Falar nela, a ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, é a responsável pela mais evidente ligação do PT com o PCC (Primeiro Comando da Capital). De fato, a Polícia Civil de Santo André identificou Jilmar Tatto, Arselino Tatto e Enio Tatto, todos do PT-SP, de serem ligados à facção criminosa paulista PCC. Jilmar Tatto, dirigente da Cooper Pam, controlada pelo PCC, foi Secretário de Transportes da gestão Marta Suplicy. A máfia dos perueiros atua sob o comando do PCC e do PT, na logística externa aos comandos dos líderes encarcerados, com o propósito de desestabilizar o governo de São Paulo, por meio de ataques a polícia, assassinatos e seqüestros. Outra ligação entre os presidiários (PCC) e o PT é JR, petista líder de facção dos perueiros da Zona Sul de São Paulo, é articulado com Carlos Antônio da Silva, o Balengo e Alexandre Campos dos Santos, o Jiló, seqüestradores do repórter Guilherme Portanova.
Norambuena, Marcola e Lula

Ficou evidente também a participação de Maurício Hérnandez Norambuena - o chileno que liderou a quadrilha de seqüestradores do publicitário Washington Olivetto - no planejamento na ação de seqüestro da equipe da Rede Globo. Norambuena está detido em Presidente Bernardes com a cúpula do PCC e seria um dos principais colegas de Marcos Camacho, o Marcola. Os dois estão no regime disciplinar diferenciado. Mas quais fatos e elos ligam Norambuena, Marcola e Lula? São vários. 1) Lula, Dirceu e Iberê Bandeira de Melo, advogado ligado aos Direitos Humanos, DEFENDERAM Norambuena no episódio do seqüestro de W. Olivetto, mediante a alegação de que o seqüestro teria motivação causa política, já que o seqüestrador pertencia ao MIR (braço armado do Partido Comunista chileno); 2) Lula, indiciado por crime contra a segurança nacional, e Norambuena, condenado por seqüestro, CONTRATARAM, o mesmo advogado criminalista: Ibere Bandeira de Mello – que também defende Silvio Pereira (PT) e Klinger Luiz de Oliveira Sousa (PT); 3) O líder do PCC, Marcola. Marcos William Herbas Camacho é irmão de Gabriel Herbas Camacho, deputado federal do MAS (Movimiento al Socialismo), partido de Evo Morales, Presidente da Bolívia, camarada do Lula; 4) Lula e Luiz Dulci (PT/presidente da fundação Perseu Abramo) organizaram, em julho de 2005, o XXII Encontro Foro São Paulo, para estabelecer estratégias entre PT, MST, MSLT, FARC, MIR, CUT, PCB, PC do B, CUT, ELN, Partido Comunista Chileno, MAS e Partido Comunista Cubano; 5) Lula tem estreita relação pessoal com Ricardo Schumam (PT-SP), Bruno Maranhão (PT/MSLT), Paulo Okamoto (ex-tesoureiro da CUT), Luiz Dulci (presidente da Fundação Perseu Abramo), Fidel Castro e outros que representam esses partidos, movimentos e bandos.
OPERAÇÕES CRIMINOSAS
A operação da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo revelou a acintosa utilização das instituições do Estado na perseguição contra a oposição e a cidadania brasileira, em favor do projeto de poder do PT. Lula sabia e sabe de todas as operações e planos. Negociou assessorado por Dirceu e José Alencar (PL) a compra da base aliada do governos com Roberto Jefferson, presidente do PTB, e com Waldemar da Costa Neto, presidente do PL, e endossou as operações de Waldomiro Diniz na distribuição dos recursos do Valérioduto (SMP&B, DNA, Banco Rural e BMG) aos “mensaleiros”. Lula sabe muito bem como Mirian Belchior e Luiz Gushiken intervieram nos fundos de pensão, especialmente na PREVI, para arrecadar dinheiro para o PT. Por exemplo, ao ser questionado sobre o testemunho do caseiro contra seu amigo Palocci, disse que ninguém daria ouvidos a um simples caseiro. Recentemente, declarou, sobre o pagamento de dívida pessoal ao PT, que recomendou a Paulo Okamoto que pagasse a dívida se quisesse. Em igual oportunidade, afirmou que Palocci e Dirceu estavam envolvidos nos “erros”, por isso os demitiu. Na presente campanha eleitoral, as táticas e operações para desestabilizar a oposição estão em curso. Há associação entre o PT e o PCC. As ligações entre eles ficam mais claras a cada dia.