Jornalista Jarbas Cordeiro de Campos

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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil
Jornalista formado pela FAFI-BH,especializado em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde pela ESPMG. "O Tribunal Supremo dos EUA decidiu que "só uma imprensa livre e sem amarras pode expôr eficazmente as mentiras de um governo." Nós concordamos."

26 agosto 2006

CAPACIDADE REDUZIDA DE REGULAR


Leonardo Avritzer, da Univesidade Federal de Minas Gerais, no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, deu início à sua palestra falando sobre globalização e Estado e sobre o Estado forte e as políticas européias de bem-estar social. “A partir de meados dos anos 70, quando a terceira onda da globalização toma de assalto economias mundiais, o Estado ardiloso ganha terreno. Trata-se do Estado forte e fraco para determinados assuntos. É o Estado da globalização; aquele que tem capacidade de regular, mas que, como ator do processo de regulação, tem sua capacidade reduzida para regular e implementar ações e políticas sociais”, aponta o cientista político. Avritzer enfocou a democracia forte e sua capacidade distributiva e a democracia que surge a partir do processo de globalização: a democracia de forma fixa, um modelo que, segundo ele, foi implantado no pós-guerra e exportado para vários países. Neste ponto, o cientista relaciona o mito do Estado fraco e da democracia fixa na era da globalização. “Em vez de lutarmos contra a globalização, precisamos redefinir as relações entre Estado e democracia. No Brasil, se o Estado superar esse impasse, criaremos uma nova democracia nesses tempos de globalização”, concluiu.Em seguida, o sociólogo português Boaventura de Souza Santos, uma das personalidades mais esperadas do evento, deu segmento às idéias de Avritzer sobre globalização e Estado. Velho conhecido dos brasileiros – veio pela primeira vez ao país no início da década de 1970 para viver em uma favela carioca e realizar trabalho de campo para seu doutorado nos Estados Unidos –, Boaventura confrontou a prática da democracia com o ideal da sociedade democrática, destacando que hoje “vivemos em um mundo moralmente repugnante e desigual; um desafio para a democracia”. Foi aplaudido pela platéia. Leia materia completa aqui.

4 comentários:

Guilherme Roesler disse...

Jarbas, meu amigo, como eles são enrolados, não acha? Isso, posso estar errado, indica que eles estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Pode reparar: primeiro, confundem democracia com Estado, depois mascaram a democracia com vestes de tirania, ou seja, no paraiso democrata todos são iguais. Isso me lembra mais o "centralismo democratico" de Lenin do que uma democracia de igualdade e oportunidades. O mais interessante é que o Avritzer diz sobre Estado forte e Estado fraco. Ora, ou é uma coisa ou outro: ou oprime a sociedade e deixa a as outras funções livres, mas acaba com as liberdades individuais, ou deixa as pessoas livres ou oprime por meio das outras funções estatais, mas isso redunda em um contra senso contra a democracia de escolha e oprtunides! Esses sociologos... acho que na verdade democracia para eles é o que menos importa. Importa mesmo é er um bom emprego dado pelo Estado. Abraços, Guilherme.

ps. muito obrigado pelo "filosofo".

Al Berto disse...

Viva Jarbas:

Boaventura Sousa Santos é daquelas pessoas que despertam o interesse de ouvir o que tem para dizer mas... deve ser ouvido com mente aberta e espírito ctítico.

O que está subjacente ao seu discurso nem sempre é percepetivel, ou corre o riso de o não ser, se o ouvinte não estiver devidamente preparadao.

Desejo-te um bom fim de semana.

Um abraço,

Andre Senna Duarte disse...

As vezes acho que a idéia da globalização é superestimada. Como se fosse um elixir para todos os males. Mas não é ... globalização é um processo que começou desde que o primeiro indio decidiu trocar na aldeia vizinha.

Anônimo disse...

E o que e , exatamente , uma democracia fixa? Vc podia fazer um texto sobre isso.E que eu nunca tinha ouvido falar .