Leonardo Avritzer, da Univesidade Federal de Minas Gerais, no 11º Congresso Mundial de Saúde Pública, deu início à sua palestra falando sobre globalização e Estado e sobre o Estado forte e as políticas européias de bem-estar social. “A partir de meados dos anos 70, quando a terceira onda da globalização toma de assalto economias mundiais, o Estado ardiloso ganha terreno. Trata-se do Estado forte e fraco para determinados assuntos. É o Estado da globalização; aquele que tem capacidade de regular, mas que, como ator do processo de regulação, tem sua capacidade reduzida para regular e implementar ações e políticas sociais”, aponta o cientista político. Avritzer enfocou a democracia forte e sua capacidade distributiva e a democracia que surge a partir do processo de globalização: a democracia de forma fixa, um modelo que, segundo ele, foi implantado no pós-guerra e exportado para vários países. Neste ponto, o cientista relaciona o mito do Estado fraco e da democracia fixa na era da globalização. “Em vez de lutarmos contra a globalização, precisamos redefinir as relações entre Estado e democracia. No Brasil, se o Estado superar esse impasse, criaremos uma nova democracia nesses tempos de globalização”, concluiu.Em seguida, o sociólogo português Boaventura de Souza Santos, uma das personalidades mais esperadas do evento, deu segmento às idéias de Avritzer sobre globalização e Estado. Velho conhecido dos brasileiros – veio pela primeira vez ao país no início da década de 1970 para viver em uma favela carioca e realizar trabalho de campo para seu doutorado nos Estados Unidos –, Boaventura confrontou a prática da democracia com o ideal da sociedade democrática, destacando que hoje “vivemos em um mundo moralmente repugnante e desigual; um desafio para a democracia”. Foi aplaudido pela platéia. Leia materia completa aqui.
4 comentários:
Jarbas, meu amigo, como eles são enrolados, não acha? Isso, posso estar errado, indica que eles estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Pode reparar: primeiro, confundem democracia com Estado, depois mascaram a democracia com vestes de tirania, ou seja, no paraiso democrata todos são iguais. Isso me lembra mais o "centralismo democratico" de Lenin do que uma democracia de igualdade e oportunidades. O mais interessante é que o Avritzer diz sobre Estado forte e Estado fraco. Ora, ou é uma coisa ou outro: ou oprime a sociedade e deixa a as outras funções livres, mas acaba com as liberdades individuais, ou deixa as pessoas livres ou oprime por meio das outras funções estatais, mas isso redunda em um contra senso contra a democracia de escolha e oprtunides! Esses sociologos... acho que na verdade democracia para eles é o que menos importa. Importa mesmo é er um bom emprego dado pelo Estado. Abraços, Guilherme.
ps. muito obrigado pelo "filosofo".
Viva Jarbas:
Boaventura Sousa Santos é daquelas pessoas que despertam o interesse de ouvir o que tem para dizer mas... deve ser ouvido com mente aberta e espírito ctítico.
O que está subjacente ao seu discurso nem sempre é percepetivel, ou corre o riso de o não ser, se o ouvinte não estiver devidamente preparadao.
Desejo-te um bom fim de semana.
Um abraço,
As vezes acho que a idéia da globalização é superestimada. Como se fosse um elixir para todos os males. Mas não é ... globalização é um processo que começou desde que o primeiro indio decidiu trocar na aldeia vizinha.
E o que e , exatamente , uma democracia fixa? Vc podia fazer um texto sobre isso.E que eu nunca tinha ouvido falar .
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