Brasília – O diretor de Inteligência (DIP) da Polícia Federal, Daniel Lorenz, afastou o delegado Protógenes Queiroz do setor e o colocou à disposição da Diretoria de Gestão de Pessoal (DGP). Protógenes soube da decisão ao se reapresentar ontem ao superior hierárquico, após freqüentar e ser aprovado no curso superior de polícia na academia da corporação, concluído na semana passada. Responsável pela Operação Satiagraha, o delegado será transferido para algum setor onde houver necessidade de delegado. Protógenes soube da notícia do próprio Lorenz, durante uma conversa de 15 minutos entre os dois, pela manhã, na sede da PF, prédio conhecido como Máscara Negra. O diretor de Inteligência comunicou ao colega que se tratava de uma decisão "administrativa". A permanência de Protógenes na área se tornou insustentável. A relação entre ele e Lorenz azedou diante dos desdobramentos da Satiagraha. O chefe da DIP reclama que seu então subordinado sonegou dados sobre a operação, que tinha como alvo principal o banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity. Protógenes, por sua vez, sempre viu a cúpula da PF com desconfiança e reclama de nunca ter recebido o apoio que julgava necessário para tocar a apuração – algo que Lorenz nega. Por causa dessa denunciada falta de apoio, Protógenes recorreu a seu ex-chefe, o delegado Paulo Lacerda, que deixou o comando da PF para pilotar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no final do ano passado. A pedido do delegado da Satiagraha, tem-se notícia que mais de 100 agentes da Abin participaram das investigações, tendo acesso a relatórios sigilosos e senhas para acesso ao Guardião, sistema que grava e organiza as escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. CALÇA-CURTA Embora boa parte dos agentes da Abin freqüentasse diariamente o Máscara Negra, Lorenz jura que foi pego de calça-curta. À CPI dos Grampos, o diretor de Inteligência sustentou que só soube da participação de servidores da agência quando reconheceu o agente Márcio Seltz, um conhecido de Lorenz, no andar do edifício-sede onde policiais federais analisavam dados da operação.
EXPLICAÇÃO A propósito de reportagem publicada ontem pelo Estado de Minas com acusações da Polícia Federal contra o banqueiro Daniel Dantas, o Banco Opportunity afirma que as informações divulgadas pela PF são "antigas" e já foram "exaustivamente publicadas pela imprensa", e que todas as acusações são "infundadas". A assessoria do banco afirmou que Dantas não exerce função executiva na Agropecuária Santa Bárbara Xinguara e que a própria Polícia Federal admite, em seu relatório, que as acusações, inclusive de lavagem de dinheiro com gado, precisam ainda ser investigadas para eventual confirmação.
EXPLICAÇÃO A propósito de reportagem publicada ontem pelo Estado de Minas com acusações da Polícia Federal contra o banqueiro Daniel Dantas, o Banco Opportunity afirma que as informações divulgadas pela PF são "antigas" e já foram "exaustivamente publicadas pela imprensa", e que todas as acusações são "infundadas". A assessoria do banco afirmou que Dantas não exerce função executiva na Agropecuária Santa Bárbara Xinguara e que a própria Polícia Federal admite, em seu relatório, que as acusações, inclusive de lavagem de dinheiro com gado, precisam ainda ser investigadas para eventual confirmação.
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