Depois de incentivar os motoristas e convencer cerca de 1,5 milhão deles a converterem seus automóveis para o gás natural veicular (GNV), apostando num combustível mais barato, eficiente e limpo, o governo, agora, volta atrás e adota posição radicalmente contrária. O ministro das Minas e Energia, Nelson Hubner, e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, desaconselharam ontem novas adaptações para o gás. O motivo é a crise de abastecimento, que ameaça não apenas os proprietários de veículos, mas também as usinas termelétricas e as indústrias. O apelo para o uso do GNV nos carros foi forte: desconto no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotivos (IPVA) de 75% no Rio, 60% no Paraná e 25% em São Paulo. Com isso, o consumo vem aumentando em média 14% ao ano, bem acima da expansão da economia. Mas, para preocupação de quem aderiu, o governo avisa que é hora de pôr o pé no freio. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, também defende que os incentivos ao consumo do GNV sejam revistos, principalmente porque grande parte do combustível é importado, enquanto o Brasil é um dos maiores produtores de álcool do mercado mundial. Fonte: Jornal Estado de Minas.
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